Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 26 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Preços do álcool não devem baixar antes de setembro

18 de julho de 2006 - 15:06

Importação norte-americana, maior produção de açúcar e boa competitividade do combustível em relação à gasolina. Esses são os três principais fatores que deverão manter os preços do álcool em alta para o consumidor em plena safra da cana-de-açúcar.

Os preços na bomba dos postos devem permanecer nos níveis atuais ao menos até setembro próximo, segundo previsão de Antonio de Pádua Rodrigues, diretor-técnico da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo).

Segundo Rodrigues, a importação de álcool pelos norte-americanos continua aquecida, não devendo cair nas próximas semanas. Para suprir a demanda, os EUA pagam até 20% a mais do que os preços praticados no mercado interno brasileiro. Com preço compensador à exportação, sobra menos produto para o mercado nacional.

A alta dos preços do açúcar no mercado externo também contribui para a menor produção de álcool. Como o açúcar dá mais lucro aos produtores, eles preferem destinar uma parcela maior da cana a esse produto. O resultado é o mesmo: menor produção de álcool.

O aumento da frota nacional de veículos bicombustíveis (movidos a álcool e gasolina) também contribui para manter aquecidos os preços do álcool, devido ao maior consumo.

Apesar de estarem em alta, os preços atuais do álcool "não são absurdos; o preço ainda é competitivo em relação ao da gasolina", diz Rodrigues. "O alto preço do petróleo no mercado internacional também valoriza o álcool", afirma Rodrigues. Ontem, o barril de petróleo fechou a US$ 75,92 em Londres e a US$ 75,30 em Nova York.

Nova alta - Depois de cair com força em maio e no mês passado, os preços do álcool combustível estão novamente em alta. Pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo) detectou aumento médio de 0,5% na bomba em todo o país durante a semana encerrada no sábado, dia 15.

Na comparação com a semana iniciada em 18 de junho, a alta chega a 0,94% considerando o preço médio nacional do álcool, de R$ 1,611 por litro.
Apesar de receber adição de 20% de álcool, a gasolina ainda não subiu -o preço médio nacional teve ligeira queda de 0,04% na semana encerrada em 15 deste mês, chegando a R$ 2,543 o litro.

Em São Paulo, Estado que concentra a maior produção de álcool do país, o preço médio ao consumidor aumentou 0,69% na semana terminada no dia 15, passando a custar R$ 1,32 o litro. A gasolina, por sua vez, teve queda de 0,33% na semana, custando R$ 2,418 o litro.

Apesar do aumento, ainda é vantajoso para o consumidor abastecer com álcool em São Paulo. O litro do combustível derivado da cana-de-açúcar custa o equivalente a 54% do preço da gasolina.

No Estado do Rio de Janeiro, porém, o preço do álcool já bateu no limite. Chegou a 70% do valor da gasolina, sendo vendido, em média, a R$ 1,766 o litro na semana de 9 a 15 deste mês, com queda de 0,22% em relação à semana anterior. No Estado, a gasolina era comercializada a R$ 2,525 por litro, com redução de 0,04%.

Na média nacional, o preço do álcool correspondia a 63% do valor cobrado pelo litro da gasolina, segundo a ANP.



Fonte: Folha Online

SIGA-NOS NO Google News