A Polícia Civil já ouviu nesta quarta-feira os dois cabos eleitorais e os dois seguranças do vereador e candidato à reeleição em Bela Vista, Flávio Roberto Godoy (PDT), o Ratinho, assassinado na noite desta terça-feira. Ele morreu durante comício na cidade, do candidato a prefeito Fernando Jorge (coligação PDT-PSDB). Nenhum suspeito foi preso ainda.

Uma equipe da Polícia Civil de Jardim também apóia a investigação, por ordem da Secretaria de Segurança Pública. A suspeita é de crime de pistolagem e de que o assassino já tenha ultrapassado a fronteira, com o Paraguai.

Além dos quatro funcionários do vereador, já foram ouvidos outro candidato a vereador, que estava no local e pessoas que presenciaram o crime. De acordo com a Polícia Civil, todas disseram que não conhecem o autor dos sete tiros e garantiram que o homem não seria da cidade, que faz fronteira com o Paraguai.

O assassino estava vestido de camiseta de cor laranja, calça jeans e boné, o que dificultou a visualização do rosto. Ele disparou os tiros no vereador enquanto o abraçava, no momento que eram soltados fogos.

Populares só ouviram os últimos disparos e então o autor fugiu. Os seguranças ainda conseguiram segui-lo por alguns metros, e viram que ele fugiu em uma motocicleta.

A estudante Luzia Gadia da Silva, 18 anos, que estava no comício, também foi atingida. Ela estava sentada quando um dos tiros atingiu as duas coxas dela, que foi levada para o hospital municipal. O vereador também chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos.

O prefeito de Bela Vista, José Garibaldi da Rosa Neto, decretou nesta quarta-feira luto oficial por três dias.

Flávio comandava um programa jornalístico na rádio FM Cidade, de Bela Vista Norte (no Paraguai), mas estava afastado por causa da campanha política. Até a conclusão deste mandato, a vaga dele na Câmara Municipal será ocupada pelo primeiro suplente do PDT, Ângelo Molina.