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Polícia Federal prende 9 pessoas por contrabando em MS

Angela Kempfer, Campo Grande News - 07 de abril de 2009 - 11:54

Depois de um ano de monitoramento, a Polícia Federal saiu às ruas hoje para cumprir 16 mandados de prisão e de busca e apreensão de documentos em 4 cidades de Mato Grosso do Sul e 2 no Paraná.

Nove pessoas já foram presas e três veículos apreendidos, mas as buscas continuam.

A operação “Zero Grau” é feita por 70 policiais e tem como alvo uma quadrilha especializada em contrabando de cigarros do Paraguai, transportado em caminhões frigoríficos.

As investigações mostraram que o grupo tem como base o município de Eldorado e abastece o comércio ilegal nas regiões Sul e Sudeste, principalmente, Paraná e São Paulo.

“Durante as ações policiais, também foram apreendidas notas fiscais falsificadas de empresas frigoríficas, juntamente com certificados sanitários. Tais documentos eram utilizados pela quadrilha para pretensamente amparar a carga transportada e iludir uma possível fiscalização”, informa a Superintendência da Polícia Federal em nota à imprensa. Diante das provas, as prisões foram determinadas pela Justiça Federal de Naviraí.

No ano passado, em apenas quatro meses sete flagrantes foram feitos nas rodovias de Mato Grosso do Sul e deram origem a inquéritos policiais. De fevereiro a maio de 2008, o total de cigarros apreendido somou 1.487.000 de maços.

As ações foram relacionadas porque a forma de agir era igual. Na maioria das vezes o transporte era feito em comboio de carretas e com batedores que serviam como carros de apoio para alertar sobre a presença de policiamento nas estradas.

Em Mato Grosso do Sul a ação dos policiais federais se concentra em Eldorado, onde são 8 mandatos; além de Campo Grande, para o cumprimento de 2 ordens judiciais; Dourados, onde são mais 3 mandatos, e Ponta Porã onde a busca é por um dos envolvidos. Todos são proprietários de caminhões, motoristas e batedores.

No Paraná, a Polícia tem um mandato para Alto Paraíso e outro a ser cumprido em Maringá.

Na avaliação da Policia Federal, a quadrilha dispunha de “uma eficiente logística operacional de transporte e entrega da mercadoria”.

O que pode facilitar a comprovação do crime é o nível de organização dos contrabandistas. Segundo a PF, “cada carregamento, transporte, contratação, recebimento e pagamento”, eram devidamente contabilizados e gerenciados, “ visando à continuidade das ações da quadrilha”.

As investigações também mostraram que os integrantes do grupo tinham funções bem definidas na organização. O esquema envolvia, segundo a Polícia, gerentes – que faziam a ponte entre os contrabandistas e os comerciantes, além de proprietários de caminhões, motoristas, batedores e olheiros.

Para dificultar a identificação do grupo, depois da apreensão de caminhões, os veículos usados, na maioria das vezes eram financiados ou registrados em nome de laranjas.

“As investigações revelam, ainda, uma possível simulação de contratos de locação dos veículos (caminhões), com datas retroativas a apreensão, confeccionados exclusivamente para fazer prova de que o caminhão estaria alugado para terceiros, ensejando a boa-fé do proprietário e isentando-o da responsabilidade criminal, o que facilitaria a restituição do veículo apreendido”, esclarece a Polícia.

Os donos das cargas, segundo apurou a PF, vivem no Paraguai, na região de Salto Del Guairá, na divisa com o Paraná e Mundo Novo.


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