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Polícia Federal fecha fábrica de remédios clandestina

Erich Decat/ABr - 20 de julho de 2007 - 19:02

Brasília - Oito policiais da Polícia Federal e dois técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fecharam hoje (20), na cidade de Ipanema (MG), um laboratório clandestino que fabricava, desde 2005, medicamentos tidos como fitoterápicos. A ação faz parte da Operação Placebo, deflagrada pelas duas entidades nos estados de Minas Gerais, Espirito Santos, Piauí, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O objetivo da ação foi efetuar mandados de busca e apreensão para combater a venda ilegal de medicamentos, que são realizadas pela rede mundial de computadores. Os suspeitos são acusados, entre outros, de comercializarem pela internet medicamentos não autorizados pela Anvisa ou sem prescrição médica. De acordo com o coordenador da operação em Ipanema, o delegado Ricardo Amaro, em Ipanema era comercializado o produto “Copo de Leite”, que serviria para auxiliar no tratamento de diabetes.

“Eles (os proprietários) não têm autorização da Anvisa para poder comercializar esse tipo de medicamento e nenhum outro. O rótulo dizia que o remédio serviria para curar a diabetes, mas não existe comprovação cientifica nenhuma, na verdade é um grande engodo”, disse.

Na ação foram apreendidos documentos, dois computadores, frascos e a matéria-prima para a produção do remédio, que, segundo o delegado, é feito a base de uma erva conhecida como "pau-tenente". Após a autuação, os proprietários do laboratório devem responder por falsificação e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e por crime hediondo. Cada um desses crimes prevê pena de reclusão que varia de 10 a 15 anos e multa.

De acordo com a chefe da delegacia de Polícia Fazendária da Polícia Federal, de Minas Gerais, Cristina Amaral, as investigações sobre a fábrica começaram após a apreensão do medicamento, feita pela Anvisa, no início do ano, na cidade de Baurú (SP). “O endereço da fábrica consta no rótulo do produto. Em razão disso pudemos fazer uma rápida pesquisa de campo e chegar ao local”, explica Amaral.

Segundo Ricardo Amaro, as investigações devem continuar. “Nós já sabemos que o proprietário da fábrica, Florisvaldo Vitório dos Santos Júnior, é da Bahia. Existe a hipótese de que eles também forneciam esse tipo de produto para lá”, disse.

A Operação Placebo, em Minas Gerais, também foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Pará de Minas, Betim e Uberlândia. Na ação foram autuados Vanessa Cristina Rezende Carneiro, Wesley Rondineli Gonçalves Pimenta, Eli Francisco Mendonça Júnior, Anderson Simão Teixeira e Dulce Eliane Faria de Oliveira.

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