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Pódio de zebras vê Button levar 1ª vitória da Honda

Campo Grande News - 06 de agosto de 2006 - 14:45

Corrida mais maluca dos últimos anos da Fórmula 1, o Grande Prêmio da Hungria deste domingo teve tudo para mudar a cara do Mundial, mas nas duas últimas voltas, um erro do heptacampeão Michael Schumacher, da Ferrari, manteve tudo como está, deixando para Hungaroring, que teve sua primeira corrida com chuva da história, um pódio de zebras, com vitória de Jenson Button, da Honda, seguido por Pedro de la Rosa, da McLaren, e Nick Heidfeld, da BMW.

A pista molhada foi a protagonista do domingo e proporcionou cenas raras na categoria atual, como a disputa na pista de dois campeões, favoritos sendo feitos de retardatários e uma Ferrari sendo pressionada por uma Toro Rosso (Felipe Massa pressionado por Scott Speed).

Antes da largada, a expectativa colocava o pole position Kimi Raikkonen, da McLaren, e o segundo colocado, Felipe Massa, da Ferrari, como grandes favoritos. No fim da prova, eles foram os que menos apareceram, com Massa largando mal e terminando em nono, e Raikkonen batendo no carro de Vitantonio Liuzzi, da Toro Rosso, e abandonando enquanto liderava.

Mais atrás, Schumacher e Alonso mostraram porque são campeões. Ambos ganharam cerca de seis posições cada logo na largada, realizada sob chuva. Os pneus fizeram toda a diferença e Alonso conseguiu se impor. Na volta sete ultrapassou o alemão e disparou na frente.

A partir daí a corrida de Schumacher começou a denigrir. Prejudicado pela má performance dos pneus Bridgestone, o alemão bateu, trocou o bico do carro e chegou a tomar uma volta de Alonso (depois de fechar a porta duas vezes, e só abrir na terceira para não tomar uma punição). Aqui, o jogo de pontos foi mais importante. Por um momento o espanhol achou que poderia vencer sem que Schumacher sequer pontuasse, mas o adversário, aos poucos, foi retomando as posições perdidas conforme a chuva passava e a pista secava.

Com o acidente de Raikkonen, Alonso liderava. Na parte final da corrida, só precisava administrar a vantagem, segurar Button que vinha pressionando em segundo, e acumular mais dez pontos, voltando a ampliar a liderança no Mundial. Em seu último pit stop, um erro da equipe, e o abandono. Alonso deixou os boxes e não conseguiu nem mesmo terminar uma volta, perdeu o controle do carro e bateu no muro de proteção. Calmo, ele explicou que foi um problema com a almocinética.

Com o azar de Alonso, Schumacher tinha tudo para terminar em segundo, atrás de Button, sem correr riscos. Mas no momento em que De la Rosa viu que podia pressioná-lo, o alemão começou a ter problemas. Os pneus, que já estavam no limite, não permitiram que ele segurasse a posição, caindo para terceiro. Em seguida, foi a vez de Heidfeld fazer pressão. Afobado para se manter entre os três primeiros, Schumacher deixou para frear muito tarde e, com um toque na BMW, danificou seu carro e abandonou, passando em poucos minutos de um estado de glória, onde diminuiria para três pontos a diferença para Alonso, para a mesmice, mantendo a desvantagem de 11 pontos.

Para a Honda, o dia foi de lucro. Apesar de o favorito na equipe ter sido o brasileiro Rubens Barrichello, que largou em terceiro e terminou em quarto, Button foi o mais feliz, dando para a escuderia sua primeira vitória na história. "Um dia maravilhoso para gente, para a Honda, para o Jenson. Foi um trabalho de equipe tremendo. Ele guiou de maneira impecável, no molhado e no seco. Nossa equipe de estratégia fez um trabalho maravilhoso, acertamos direitinho", disse Gil de Ferran, diretor técnico do time, em entrevista para a TV Globo

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