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Geral

PMA autua dois pescadores com 124 quilos de pescado; chega a decoada

Secom - 04 de maio de 2013 - 09:22

Campo Grande (MS) – A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Corumbá em operação no rio Paraguai, no distrito de Albuquerque, prendeu dois pescadores na madrugada de hoje (03). Os autuados tinham capturado 124 quilos de pescado, das espécies pintado, cachara e jaú, sendo vários exemplares fora da medida permitida pela legislação e acima da cota permitida.
Segundo a PMA, alguns dos exemplares apresentavam características de terem sido capturados com petrechos do tipo fisga de gancho, dos quais são proibidos para a pesca, muito utilizados no período de “Decoada” no Pantanal.
Um dos autuados, de 70 anos, foi apreendido com 77 quilos de pescado e multado em R$ 2,4 mil. O outro autuado de acordo com a PMA é um pescador profissional, residente em Corumbá. Com ele foram apreendidos 57 quilos de pescado e recebeu multa de R$ 1,6 mil.
Os dois pescadores receberam voz de prisão e foram conduzidos à Delegacia de Corumbá, juntamente com o material apreendido. Eles foram autuados em flagrante por crime ambiental de pesca predatória e saíram após pagar fiança. Se condenados pelo crime ambiental poderão pegar pena de um a três anos de prisão. O pescado será doado para instituição filantrópica, depois de ser periciado.


Decoada, ou Dequada


Conforme a PMA neste período no Pantanal há mortandade natural de peixes, devido a um fenômeno chamado “dequada, ou decoada”. Este fenômeno ocorre em decorrência da alta carga orgânica na água, devida ao alto teor de nutrientes, matando os peixes e até outros organismos por asfixia.
Isto ocorre devido aos ciclos de cheias e seca no Pantanal. De forma mais simples, ocorre o seguinte: durante a cheia, a inundação das áreas com nutrientes (vegetação morta e viva, cinzas etc.) que provoca uma aceleração da degradação deste material, aumentando a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e reduz o oxigênio dissolvido de rios corixos, baías e demais cursos d’água. Onde isso acontece, morre grande quantidade de peixes por asfixia.
A PMA está mantendo vigilância operacional em todos os pontos do fenômeno detectados e alerta para que as pessoas respeitem a legislação. Todos os pescadores devem observar os tamanhos mínimos de captura do pescado que se encontra no “Manual do Pescador 2013”. Mais informações podem ser obtidas nos postos da PMA e no site www.pma.ms.gov.br.

Jéssica Honório

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