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Pesquisadores da Uems descobrem novas espécies de peixes

Marcio Breda/Campo Grande News - 29 de junho de 2005 - 07:28

Novas espécies de peixes foram descobertas em rios de Ponta Porã, Antonio João, Maracaju, Sidrolândia, Nioque e Jardim depois de estudos de acadêmicos e professores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). As espécies foram catalogadas pelo estudo do professor doutor Yzel Rondon Súarez, juntamente com acadêmicos da instituição.
O projeto analisou as comunidades de peixes em riachos da Cabeceira do Rio Apa, Paraguai e Paraná, observando o impacto ambiental e poluição nesses rios e sua interferência no habitat dos peixes.
São pelo menos três novas espécies, que serão analisadas em conjunto com outros laboratórios para confirmar a descoberta. Outras ainda serão estudadas e também podem ser classificadas como espécies desconhecidas. De acordo com o professor doutor Yzel Suarez, é importante conhecer os passos de evolução destas espécies de peixes, que apesar da pequena distância entre as nascentes dos Rios Apa e Dourados, são isoladas biogeograficamente desde a formação do Pantanal. “São riachos separados por apenas 10 ou 15 Km, mas isolados a milhões de anos”.
As espécies, de acordo com o professor, não habitavam alguns riachos, podem ter alcançado novos habitat de maneira natural, como uma expansão natural, ou com a intervenção humana, como peixes coletados e soltos em diferentes rios. “É importante levantar as espécies que habitam os riachos das bacias e registra-los antes de uma possível extinção, afirma o professor Yzel”.
“Existem muitas outras espécies que ainda precisam de registro e outras em que não houve tempo para a pesquisar. Um exemplo é uma espécie descoberta em um riacho de Paranhos a 4 anos, mas que devido a assoreamento, provavelmente será catalogada como extinta”, explica o pesquisador.
O projeto procura identificar quais espécies de peixes ocorrem nas nascentes dos rios na região de interface entre o Pantanal e bacia do Paraná. Os estudos realizados observam o tamanho mínimo de peixes, o comportamento reprodutivo e o monitoramento de recursos pesqueiros. As pesquisas procuram estabelecer técnicas para minimizar o impacto ambiental e evitar a extinção de outras espécies ainda não conhecidas.

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