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Pesquisa confirma aumento do percentual de cesarianas

Ana Luiza Zenker /ABr - 03 de julho de 2008 - 19:10

Brasília - Entre 1996 e 2006, o percentual de cesarianas realizadas no país passou de 36,4% para 44% do total de partos realizados, tanto no sistema público quanto no particular. Esse é um dos dados obtidos pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), divulgada hoje (3).

Os números confirmam o aumento do número de partos cirúrgicos em todo o país e são ainda mais altos nas Regiões Sudeste (52%) e Sul (51%), entre as mulheres brancas (49%) e com mais de 35 anos de idade (61%). De acordo com a pesquisa, que ouviu 15 mil mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) entre novembro de 2006 e maio de 2007, entre as mulheres com mais de 12 anos de estudo e as que utilizam o sistema de saúde privado ou suplementar os percentuais alcançaram 83% e 81%, respectivamente.


Junto com a realização considerada rotineira da episiotomia (corte na região do períneo, entre a vagina e o ânus, para ampliar o canal de parto e evitar um rasgamento irregular na passagem do bebê, durante o parto normal), que chega a ser feita em 70,3% dos partos normais, a opção constante pela cesariana é vista, na pesquisa, como uma “prática claramente prejudicial ou ineficaz, que deve ser eliminada”.

Por outro lado, 98% dos partos realizados em todo o país nos cinco anos anteriores à entrevista tiveram assistência hospitalar. No Sistema Único de Saúde (SUS) foram realizados 76% dos partos, número que é maior na Região Nordeste (86%) e menor na Sudeste (70%). O principal diferencial para a opção pelo sistema público ou privado e suplementar é o nível de escolaridade. Este último sistema respondeu por 81% dos partos de mulheres com mais de 12 anos de estudo, enquanto o SUS realizou pelo menos 86% dos partos de mulheres com menos de nove anos de educação formal.

Outro dado considerado positivo é o alto índice de procedimentos assistidos por profissionais formalmente qualificados. A maioria dos partos (89%) foi assistida por médicos e 8,3% por enfermeiras.

No entanto, a pesquisa destaca que 8,4% das mulheres sem nenhuma escolaridade e 32% das que não realizaram pré-natal têm o parto em casa. De acordo com os pesquisadores, os dados “sugerem a presença de um contingente de mulheres absolutamente excluído da assistência à maternidade”.

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