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Geral

Periodização do treinamento busca equilíbrio entre atividade física e rendimento

Portal Educação Física - 13 de novembro de 2015 - 11:00

Os benefícios dos programas de treinamento têm sido estudados com o auxílio da ciência desde o século passado. Na medida em que as exigências físicas das diferentes modalidades evoluem, a busca pela melhora do rendimento e otimização da performance se torna quase uma obsessão.

O risco que se corre é o chamado “exagero da dose” com consequente prejuízo do desempenho pelo excesso de treinamento. Este quadro sempre preocupa, desde o atleta de elite até o atleta amador, que busca a melhora do desempenho com o aumento muitas vezes mal programado da carga de treinamento.

A área das ciências do esporte que aborda este tema é a chamada periodização do treinamento, que, em poucas palavras, busca o equilíbrio ideal entre treinamento e performance nas diferentes fases de uma temporada. Para termos uma ideia simplificada deste tema, podemos analisar o gráfico abaixo que procura exemplificar de forma didática o que se entende por periodização do treinamento.

Abaixo são analisadas três variáveis: aptidão física, fadiga e performance. A aptidão física representa o quanto os sistemas fisiológicos estão capacitados a produzir energia, na dependência do tipo de solicitação física. A fadiga representa o impacto da carga de treinamento nos diferentes indicadores fisiológicos, e que certamente vai prejudicar o desempenho. A performance é sempre o resultado da interação entre a aptidão física e a fadiga, e reflete o resultado prático em termos de desempenho físico.

Na FASE 1, temos o momento do início de uma temporada, no qual as variáveis estão “zeradas”.

Na FASE 2, uma situação na qual a carga de treinamento é intensa, como em uma pré-temporada, e o resultado é a rápida elevação do índice de fadiga, com melhora moderada da aptidão física, mas um aumento muito pouco significante da performance.

Na FASE 3, a adaptação à carga de treino diminui o índice de fadiga e melhora ainda mais a aptidão física, resultando em boa melhora da performance.

Na FASE 4, temos a situação ideal. Com a diminuição da carga de treino, a fadiga cai sensivelmente, e apesar de existir até uma eventual redução da aptidão física, a performance atinge seu pico, proporcionando o melhor desempenho físico. Esta é a situação que se busca para o melhor resultado durante uma temporada.

O desafio dos atletas amadores e profissionais é adequar ciclos como esse ao longo de uma temporada para obter vários momentos de pico de desempenho.

Por TURÍBIO BARROS – Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM. Foi membro do American College of Sports Medicine, professor e coordenador do Curso de Especialização em Medicina Esportiva da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do Departamento de Fisiologia do E.C. Pinheiros www.drturibio.com
Matéria publicada no site Globo.com

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