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Geral

Pecuaristas apontam prejuízo apesar das exportações

Karina Cardoso/ABr - 08 de julho de 2005 - 07:05

As exportações de carne bovina brasileira do mês de junho somaram US$ 295,8 milhões, valor 33% maior que o registrado em junho de 2003. No entanto, a situação dos criadores de gado, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), os preços pagos ao pecuarista pelo boi gordo caíram 11,3%, de janeiro a maio, enquanto os custos subiram 4,29%.

O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, informou que, diante da perda de renda, o pecuarista reduz a compra de insumos, o que compromete a produtividade e o espaço do setor no mercado. "Com a redução de investimento ocorre a deterioração das fazendas e a diminuição no índice de parição. Hoje, vemos produtores que misturam sal mineral com sal comum para viabilizar custos, e isso é ruim para a pecuária", explicou.

A tendência de perda de renda do segmento foi detectada desde o segundo semestre de 2003. "O Brasil tinha um consumo de 42kg per capita ao ano e hoje estamos em torno de 37kg. Essa lacuna que nós perdemos foi ocupada por outras carnes", afirmou.

A pesquisa foi baseada nas condições de nove estados, que concentram quase 80% do rebanho nacional (Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rondônia). Minas Gerais registra a maior redução nos valores de oferta do boi gordo no período, de 14,11%. Já em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, o preço não apresenta sinais de deflação.

Nogueira apontou a sobrevalorização do Real em relação ao dólar como um dos fatores responsáveis pela redução do preço.

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