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Passageira filma homem se masturbando em ônibus e denúncia à polícia

Midiamax - 21 de abril de 2016 - 06:50

“Sentei em um dos últimos bancos do ônibus. Em seguida, percebi que o cara sentado na outra ponta estava se masturbando. Fiquei sem reação, era pouco mais de 5 horas da tarde, gente. Foi nojento, revoltante”.

O relato acima é da operadora de monitoramento Thaisa Danielly, de 29 anos. Na tarde desta terça-feira (19), enquanto seguia para mais um dia de trabalho, a jovem foi surpreendida por um homem de aproximadamente 40 anos, que se masturbava em um ônibus que faz a linha 075 do transporte público da Capital.

“Eu estava indo para meu trabalho e não vi a hora que ele entrou, só fui perceber a presença dele quando vi os movimentos estranhos. Logo depois, constatei que ele estava se masturbando”, conta.

Sem saber o que fazer, Thaisa afirma que decidiu gravar disfarçadamente o ato, para em seguida, ter provas e poder tomar providências. Segundo ela, o homem permaneceu se masturbando por todo trajeto que o coletivo fez pela Avenida Eduardo Elias Zahran.

Nas imagens do vídeo a que o Jornal Midiamax teve acesso, é possível ver que o rapaz que usa um boné amarelo, camiseta azul e tênis escuro, está com as calças levemente abaixadas e fazendo movimentos repetidos na região da genitália.

Depois de descer do ônibus, com medo, a jovem mostrou as imagens para a uma amiga e para a avó. Porém, as duas agiram com naturalidade diante das cenas. “Elas disseram que era normal. Me revoltei porque isso não é normal, é asqueroso ”, desabafa.

Quando mostrou o vídeo para uma terceira amiga, Thaisa teve o incentivo que faltava. “Minha amiga teve a reação que eu esperava que as pessoas tivessem e disse que eu deveria procurar a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência”, explica.

Na tarde desta quarta-feira (20), Thaisa Danielly efetuou queixa na Dean (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). O caso foi registrado como importunação ofensiva ao pudor. “Espero que a polícia tome uma atitude. Tenho medo, porque não sei se ele estava me seguindo ou o que pretendia”, finaliza.

Como denunciar
De acordo com a titular a Dean, delegada Rosely Molina, em casos como este é fundamental que a denúncia seja formalizada. De acordo com ela, estimasse que a quantidade de casos de abuso às mulheres sejam muito maior do que se tem ciência. “O melhor conselho que podemos dar é que a denúncia tem de ser feita para que a polícia possa agir. A gente vê muitas conversas e especulações por aí, mas grande parte não chega na polícia”.

Para Molina, o constrangimento ainda é principal causa para que vítimas insistam no silêncio. “Todas questões que envolvem dignidade sexual ainda é considerada tabu e infelizmente isso é um problema para nós. No caso de Thaisa, depois do registro policial, inquérito policial será instaurado para investigar o fato.

A delegada orienta, ainda, que denúncias podem ser feitas gratuitamente pelo número 180. Neste caso, o homem poderia ter sido autuado ainda dentro do coletivo por uma guarnição da Guarda Municipal. A Dean fica na Rua Brasília, 1, no bairro Jardim Ima, em Campo Grande.

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