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Geral

Para delegada, bandidos são tão cruéis que ficaram 5 dias em casa com corpo

Campo Grande News - 06 de abril de 2014 - 19:51

A delegada Maria de Lourdes Cano considera o crime contra o empresário Erlon Peterson Bernal, 32 anos, algo “cruel e bárbaro”. Segundo ela, até um sofá e concreto foram jogados sobre o corpo para dificultar a localização. Mas o pior, na avaliação dela, é o fato de parte dos responsáveis continuarem morando na casa, mesmo com um corpo no quintal. "Se trata latrocínio, mas o questionamento que fica é porque matar", ressalta.

A titular da Defurv (Delegacia de Furto e Roubo de Veículos) garante que a Polícia Civil só chegou ao cadáver graças à investigação. “Não houve ligação anônima alguma sobre o mau cheiro. Pelo menos não para nós”, afirma, negando informação repassada anteriormente pela Polícia Militar.

Hoje à tarde, quando a equipe chegou ao imóvel na rua Rio Grande, esquina com avenida Souto Maior, no bairro São Jorge da Lagoa, o portão estava cadeado. Os policiais tiveram de pular o muro e logo perceberam o odor forte vindo do quintal.

Apesar de casos semelhantes, como dos estudantes Breno e Leonardo, que também morreram após roubo de veículo, Maria de Lourdes comenta que esse tipo de desfecho não é comum em Campo Grande.

Ao que tudo indica, Erlon morreu na terça-feira, logo depois de encontrar os bandidos na saída para São Paulo, onde foi para levar o carro que estava à venda. A Polícia acha que o assassinato ocorreu em um local e depois o corpo foi jogado em uma fossa séptica da casa no São Jorge da Lagoa.

Ainda não é possível garantir que a morte foi provocada por tiro, já que o corpo está em decomposição e muito inchado.

Pelo menos 3 pessoas foram presas, mas a delegada ainda não detalhou qual a participação de cada um deles crime.

Também há informação de que 2 pessoas de São Paulo foram detidas e que uma adolescentes está envolvida no crime.

Como o assassinato tem como motivo, a principio, o roubo do veículo, uma das suspeitas é de que tenha sido encomendado de dentro de um dos presídios de Campo Grande.

Na rua onde o corpo foi encontrado, muitos moradores acompanham a retirada de Erlon. Vizinhos garantem que não suspeitaram de nada e se dizem surpresos com a proximidade do crime. “Eu estava acompanhando pela imprensa, mas não imaginava que estava tão perto de casa”, comenta a estudante Camila Silva, de 19 anos.

O pedreiro Jerson Siqueira Gonçalves, de 56 anos, mora há 12 anos no bairro, a cerca de 2 quadra do local usado pelos bandidos. “Todo fica muito triste, imaginando o sentimento da família”, lamenta.

Os suspeitos de envolvimento acompanham a operação de retirada do corpo de dentro de viaturas da Polícia Civil.

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