O prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB), considerou que o tom moderado adotado na semana passada pelo governador Zeca do PT, que chegou a referir-se a ele como “querido”, seria resultado de recomendação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi decisão superior”, comentou.
Ele argumentou que a posição do governador estava sendo “muito radicalizada” a ponto de tornar parcerias entre Estado e município impossíveis. No sábado, Puccinelli também já tinha atribuído as diferenças a posição unilateral de Zeca.
No cenário nacional, o presidente tem se esforçado para manter o PMDB na base aliada. Puccinelli tem defendido o rompimento, decisão partilhada com outros peemedebistas no Estado, incluindo os membros da bancada federal. “Do jeito que está já era para ter entregue há muito tempo”, disse sobre os dois ministérios que o partido tem no governo Lula.
Ela afirma que se o PT quiser manter o PMDB aliado na sucessão em 2006 “precisa mostrar que quer a parceria” e ainda convencer o partido, emendou. “Nada é impossível para 2006”, definiu.