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Os prejuízos do rompimento de barragem em Goiás

Sabrina Craide /ABr - 31 de janeiro de 2008 - 17:48

Brasília - A Defesa Civil de Goiás está fazendo uma varredura na área atingida pelo rompimento da barragem da usina hidrelétrica Espora, que fica entre os municípios de Itarumã e Aporé. Uma equipe de sete técnicos faz as buscas por terra e um helicóptero está sobrevoando o local. Segundo o sargento Valdik Rocha, não existe notícia de mortes ou desaparecidos no local.

A barragem rompeu na manhã de ontem (30) por causa do grande volume de chuva. Segundo a Defesa Civil, até agora foram contabilizados prejuízos em sete casas da região. Além disso, a rodovia estadual GO-178, que liga a região a São Paulo e Mato Grosso do Sul, está interditada. Quem passa por lá tem que fazer um desvio de 30 quilômetros.

Segundo Rocha, ainda não foram calculados os danos ambientais. “A água saiu com muita força, foi destruindo toda a mata ciliar”, afirma.

Uma equipe de emergência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi enviada ao local para avaliar os danos ambientais nas áreas de preservação permanente.

Segundo Frederico Valle, coordenador-geral substituto de Emergências Ambientais do Ibama, os danos a estas áreas já são visíveis, especialmente na mata ciliar do Rio Corrente. “Ainda falta avaliar os danos à fauna, se afetou peixes ou até outros animais”, diz Valle. A empresa poderá ser autuada pelos prejuízos ambientais no local.

De acordo com o coordenador, também será avaliado se a empresa descumpriu alguma condicionante do licenciamento ambiental. “A hidrelétrica era licenciada, mas como a barragem tem menos de dois anos, isso não poderia ter acontecido”, explica.

Também estão no local técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Ambiental de Goiás.

A Espora Energética, responsável pela operação da usina hidrelétrica, diz que as causas do rompimento ainda não são conhecidas. O diretor administrativo-financeiro, Lauriston Severino, garante que a empresa vai arcar com os prejuízos do acidente.

“Em nenhum momento a gente está se furtando de arcar com todas as obrigações inerentes a este problema, tanto é que já estamos fazendo um trabalho de levantamento e apuração de tudo o que ocorreu e a gente vai se prontificar a ressarcir todos os prejuízos e recuperar os problemas que ocorreram na região”, afirma. Ele diz que um grupo da empresa também está no local para avaliar os danos materiais e ambientais.


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