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Os prejuízos do rompimento de barragem em Goiás
Brasília - A Defesa Civil de Goiás está fazendo uma varredura na área atingida pelo rompimento da barragem da usina hidrelétrica Espora, que fica entre os municípios de Itarumã e Aporé. Uma equipe de sete técnicos faz as buscas por terra e um helicóptero está sobrevoando o local. Segundo o sargento Valdik Rocha, não existe notícia de mortes ou desaparecidos no local.
A barragem rompeu na manhã de ontem (30) por causa do grande volume de chuva. Segundo a Defesa Civil, até agora foram contabilizados prejuízos em sete casas da região. Além disso, a rodovia estadual GO-178, que liga a região a São Paulo e Mato Grosso do Sul, está interditada. Quem passa por lá tem que fazer um desvio de 30 quilômetros.
Segundo Rocha, ainda não foram calculados os danos ambientais. A água saiu com muita força, foi destruindo toda a mata ciliar, afirma.
Uma equipe de emergência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi enviada ao local para avaliar os danos ambientais nas áreas de preservação permanente.
Segundo Frederico Valle, coordenador-geral substituto de Emergências Ambientais do Ibama, os danos a estas áreas já são visíveis, especialmente na mata ciliar do Rio Corrente. Ainda falta avaliar os danos à fauna, se afetou peixes ou até outros animais, diz Valle. A empresa poderá ser autuada pelos prejuízos ambientais no local.
De acordo com o coordenador, também será avaliado se a empresa descumpriu alguma condicionante do licenciamento ambiental. A hidrelétrica era licenciada, mas como a barragem tem menos de dois anos, isso não poderia ter acontecido, explica.
Também estão no local técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Ambiental de Goiás.
A Espora Energética, responsável pela operação da usina hidrelétrica, diz que as causas do rompimento ainda não são conhecidas. O diretor administrativo-financeiro, Lauriston Severino, garante que a empresa vai arcar com os prejuízos do acidente.
Em nenhum momento a gente está se furtando de arcar com todas as obrigações inerentes a este problema, tanto é que já estamos fazendo um trabalho de levantamento e apuração de tudo o que ocorreu e a gente vai se prontificar a ressarcir todos os prejuízos e recuperar os problemas que ocorreram na região, afirma. Ele diz que um grupo da empresa também está no local para avaliar os danos materiais e ambientais.