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Orientações de agentes comunitários de saúde podem diminuir a incidência de asma

Agência Notisa - 15 de agosto de 2011 - 18:12

Agência Notisa – A asma é uma doença inflamatória crônica, responsável por um alto número de internações hospitalares. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a doença atinge cerca de 20% das crianças brasileiras, correspondendo à terceira causa de hospitalização nessa população.

No estudo da professora Maria Wanderleya Coriolano e equipe, “Repercussão de uma intervenção educativa com agentes comunitários de saúde nas condições ambientais de domicílios de crianças asmáticas”, os pesquisadores da UFPE explicam que esse grande número de hospitalização faz com que a doença represente um elevado custo para o sistema de saúde.

Para os pesquisadores, uma maneira de minimizar esses custos é adotando medidas preventivas no ambiente domiciliar, adequadas à realidade socioeconômica e cultural das famílias. Segundo eles, intervenções educativas em relação à asma podem diminuir não só o número de urgências e internações hospitalares, mas também faltas à escola e ao trabalho.

É nesse contexto que o agente comunitário de saúde deve atuar, segundo os autores. Esses profissionais possuem uma grande importância já que, segundo os pesquisadores, por residirem no local de atuação e exercerem suas atividades junto aos usuários, principalmente por meio de visitas domiciliares, acabam conhecendo com profundidade os problemas de saúde da comunidade, o seu modo de viver e a sua cultura.

Os autores avaliaram as orientações dadas pelos agentes de saúde a famílias no município de Iguatu, no Ceará, e comprovaram sua eficácia. “A prática de visitas domiciliares ao asmático tem sido uma abordagem a mais no que tange ao controle da asma e ao autocuidado, tendo em vista que essa abordagem permite a verificação in loco dos possíveis fatores desencadeantes, além de fornecer um espaço propício para a efetivação de medidas educativas que permitam aos usuários modificar as condições adversas que poderão estar contribuindo para a falta de controle da doença”, consideram os pesquisadores na publicação.

No estudo, publicado em junho no Jornal Brasileiro de Pneumologia, os itens que apresentaram significância estatística após a intervenção dos agentes foram a redução da limpeza do piso com vassoura e a redução do uso de fogões a carvão. Também houve um aumento de 23,8% no controle ambiental adequado do quarto, atribuído à substituição do colchão pela rede, pela limpeza mais frequente da rede de dormir/colchão e pela redução do número de bichos de pelúcia.

“Por outro lado, medidas mais dispendiosas, como a retirada de cortinas, que constitui um meio para a privacidade das pessoas e para a divisão de cômodos, assim como a cobertura de colchão com uma capa impermeável e a cobertura do sofá com capa, que faziam parte da avaliação ambiental, tornaram-se inviabilizadas em virtude de fatores econômicos que impediram a adoção de tais orientações”, ressaltam.

Para ver o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132011000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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