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Operação Bola de Fogo prende 92

Gabriel Correa/Agência Brasil - 10 de outubro de 2006 - 19:44

São Paulo - A Operação Bola de Fogo, iniciada hoje (10) pela Polícia Federal, resultou em 92 prisões e na apreensão de 23 mil caixas de cigarros, além de automóveis importados e carretas de transporte. O balanço inicial da operação, que se estenderá até dezembro, foi feito pelo delegado Gilberto Pinheiro, que comandou a ação em São Paulo.

De acordo com Pinheiro, a operação se estendeu por 11 estados. A organização criminosa tinha três células principais: uma com atuação nos três estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), uma em São Paulo e outra nas regiões Norte e Nordeste.

A rede contrabandeava cigarros do Paraguai para o Brasil, usando tanto cigarros fabricados aqui, levados para o outro país e depois revendidos em território brasileiro, quanto fabricados lá mesmo. As três células tinham atuação independente, e o negócio abrangia inclusive escritório administrativo nos Estados Unidos.

Segundo Pinheiro, as investigações começaram em janeiro deste ano, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul. "Desse trabalho conjunto, foi possível chegar a três células de uma organização criminosa especializada na distribuição de produtos importados, iludindo o pagamento dos tributos para ingresso no território nacional”, disse o delegado.

Ele informou que duas das células eram especializadas na distribuição e venda de produtos importados. A terceira célula tinha uma fábrica de cigarros no Brasil, a Sudamax, na cidade de Cajamar (SP), e uma no Paraguai, a Sudam, mas acabava vendendo aqui cigarros brasileiros como se fossem importados da fabricante do país vizinho.

Ao todo, a força-tarefa abrangeu 116 mandados de prisão e 135 de busca e apreensão. Em São Paulo, foram executados 30 mandados judiciais e detidas 25 pessoas, entre as quais dois fiscais em Marília e um auditor da Receita Federal. Segundo Pinheiro, a Polícia Federal estima que a sonegação alcançava R$ 10 milhões em tributos por ano.

Participaram da operação 750 policiais federais, além de servidores da Receita

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