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OIE discute situação sanitária de MS dia 29 em Paris

Cristiane Sandim - 22 de janeiro de 2007 - 21:06

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura (MAPA), Dr. Jamil Gomes de Souza, participa amanhã (23), a partir das 10h30, de uma reunião com autoridades sanitárias do Estado onde tomará conhecimento das ações que vem sendo desenvolvidas em prol à recuperação do status sanitário de Mato Grosso do Sul. Atual chefe da Comissão Técnica das Américas para Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), Dr. Jamil será responsável pela “defesa“ do Estado junto a Comissão Científica da OIE no próximo dia 29, em Paris.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, que deve integrar a comissão que segue para Paris para assistir a reunião, a discussão é altamente técnica e formalizada. “Ele terá poucos minutos para expor a atual situação do Estado e contestar possíveis questionamentos. Por isso, vamos nos reunir para discutir os assuntos que devem ser priorizados”, explica ela que confirmou participar da reunião desta terça-feira, que acontece na sede da Superintendência Federal da Agricultura (SFA).

A recuperação do status sanitário vem sendo uma das prioridades do atual governo, que desde o início do ano vem realizando discussões sobre o assunto, tanto com autoridades estaduais como em âmbito federal. As primeiras ações nesse sentido já começaram a ser efetivadas, entre elas está o atendimento em período integral dos escritórios da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e das Agências Fazendárias, o recadastramento das propriedades rurais, a informatização da Iagro, a fiscalização e a vacinação na faixa de fronteira.

CONHECENDO A OIE

A OIE foi criada em 1924 para ajudar os países a coordenarem informações sobre doenças animais e diminuir o potencial de epidemias. Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi obrigada a pagar uma considerável quantia para vários países da Europa. Como parte deste pagamento, muitas centenas de rebanhos bovinos foram para uma estação na Bélgica antes de serem distribuídos para os outros países.



Os animais contraíram peste bovina na estação e após a propagação, a peste bovina foi declarada nos países destinatários. Para ajudar a evitar problemas similares no futuro, os países da Europa juntaram-se para criar a OIE. Durante os 20 anos de existência, a OIE expandiu além das fronteiras do continente Europeu, tornando-se uma organização mundial. Atualmente a OIE é composto pelos cinco continentes com um total de 167 nações membros. Estruturalmente ela é composta por dois tipos de comissões: as regionais e as especializadas.

A OIE classifica doenças animais baseado na significância relativa sócio-econômica ou de saúde pública. Atualmente essas doenças encontram-se divididas em dois grupos: “Doenças Lista A” e “Doenças Lista B”.

No primeiro caso, as doenças relacionadas são consideradas como transmissíveis por possuírem um potencial de difusão muito sério e muito rápido, sem levar em consideração as fronteiras nacionais, que são de conseqüências sócio-econômicas ou de saúde pública sérias e que são da maior importância no comércio internacional de animais e seus subprodutos. “Doenças Lista A” recebem prioridade de exclusão, porque a presença destas dita o fechamento das exportações. Encontram-se listadas neste grupo a Febre Aftosa e a Doença de Newcastle, por exemplo.

No outro caso, as doenças relacionadas são definidas pela OIE como doenças transmissíveis que são consideradas de importância sócio-econômica e/ou de saúde pública dentro dos países e que são significativas no comércio internacional de animais e produtos de origem animal, porém não interferem no mercado de exportação, a exemplo da brucelose e raiva bovina, entre outras.

Hoje, a OIE é responsável pela padronização dos métodos de diagnóstico, metodologias de vacinas, e difusão de informação sobre a situação da doença nas nações membros. Com informações do site www.oie.int.



Cristiane Sandim

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