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Obesidade e sobrepeso estão associados à idade

Agência Notisa - 02 de agosto de 2005 - 16:16

A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e sua prevalência tem aumentado entre as mulheres. Para se ter uma idéia, no Brasil, 35% da população apresenta obesidade ou sobrepeso e 12,5% são mulheres obesas. O excesso de peso está associado a doenças crônicas como a hipertensão arterial, o diabete melito e a doença cardiovascular. Com o intuito de determinar a freqüência de sobrepeso e obesidade entre mulheres que consultam um serviço de ginecologia e de determinar a possível associação entre algumas características já conhecidas e o excesso de peso, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas resolveram entrevistar 676 mulheres que aguardavam atendimento em um ambulatório de ginecologia geral, no período de fevereiro a outubro de 2001.

Foram estudadas as características sociodemográficas, ginecológicas e obstétricas. De acordo com artigo publicado na edição de fevereiro de 2005 da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, “a tendência ao ganho de peso relacionada à mudança do hábito alimentar e de comportamento, e ao avanço do processo de industrialização, tem sido relatada tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, com conseqüente elevação nas taxas de sobrepeso e obesidade”.

No estudo, os pesquisadores constataram que do total de mulheres que participaram do estudo, 40,1% foram consideradas na faixa de peso adequado, 35,6% estavam com sobrepeso e 24,3% estavam obesas. A única variável associada ao sobrepeso e à obesidade foi a idade. Eles observaram que as mulheres na faixa etária de 50 a 59 anos tiveram três vezes mais chance de estar com sobrepeso e sete vezes mais chance de serem obesas do que as mulheres com idade até 29 anos. “Os resultados levam a pensar na possibilidade de que o ganho de peso tenha aumentado de forma abrangente entre a população, devido a fatores comportamentais como o hábito da dieta alimentar hipercalórica e diminuição no exercício físico, o que leva à detecção de perfil epidemiológico similar mesmo em pequenas amostras, como esta de mulheres em ambulatório de ginecologia não especializado”, explicam no artigo.

A equipe destaca a importância dos resultados, já que a faixa etária de 50 a 59 anos coincide com o climatério e com a pós-menopausa, períodos em que as mulheres estão mais sujeitas a doenças cardiovasculares: “tem sido descrito que, na mulher, existe a elevação de risco para doenças cardiovasculares com o aumento de peso e o hábito de fumar, sendo recomendadas intervenções direcionadas às mulheres, com o objetivo de que adquiram como hábito de vida a dieta saudável e que parem de fumar”.



Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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