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O perfil do novo contador e o futuro da profissão

* por Marcos Bassi - 15 de maio de 2015 - 12:27

Foi-se o tempo em que o contabilista era responsável apenas pelos serviços de registro e escriturações contábeis, pelas emissões de documentos fiscais e pelas tarefas bancárias. O empresariado passa constantemente por necessidade de novas ideias, e para isso buscam contratar pessoas inovadoras, que tragam diversos benefícios aos negócios e à organização, fato que para a alta administração tornou-se uma interessante oportunidade.

Frente ao atual momento econômico vivido pelo país, no entanto, a retenção de despesas tem sido realidade enfrentada pelas empresas, resultando em estratégicos remanejamentos e na transferência de novas obrigações para os tradicionais cargos, como é o caso do contador.

Desde o início das atividades, e com o passar do tempo, esse profissional acrescentou diversos ofícios sob seu leque de expertise, e dessa maneira, passou a exercer maior responsabilidade frente ao seu papel dentro da empresa e para com seus gestores.

Atualmente os contadores desempenham também uma recorrente presença na gestão do negócio, muitas vezes auxiliando nas tomadas de decisões a partir de análises de balanços e do mercado, da formação de preços, da gestão do fluxo de caixa e de crédito, além de prospecções que possam nortear os projetos – avaliando aspectos como investimentos, lucros, questões jurídicas, estratégias comerciais, dentre outros.

Uma nova postura também ocorre em relação à gestão de informações, visto que as organizações têm obrigações com a declaração de diversos informes solicitados pelo governo, e nesse sentido cabe a esse profissional a função de atender essas exigências comunicando-se interna e externamente. Além disso, principalmente no que diz respeito às questões legislativas e das normas contábeis, tornou-se de extrema importância que os contadores estejam sempre atualizados quanto às constantes alterações que influenciam diretamente nas operações comerciais e estratégicas da empresa.

Diante desse cenário, as áreas de conhecimento necessárias para atuação na profissão ampliaram-se, tornado imprescindível noções – ainda que básicas – de Economia, Administração, Direito, Gestão de Pessoas, Controladoria, para maximizar o entendimento sobre o contexto nacional e internacional, capacitando-se para possíveis antecipações que agreguem valor e vantagens ao negócio da organização.

Em síntese, o profissional contábil precisa antes de tudo preocupar-se em se manter atualizado, atuante na conjuntura do segmento da instituição e aproveitar as várias ferramentas disponíveis para sua especialização.

Nitidamente as organizações têm padecido na busca de profissionais com o perfil acima destacado, alguns afirmam que encontra-los é como procurar uma ‘agulha no palheiro’, pois espera-se que o contador do futuro não seja mais apenas um técnico sobre contabilidade, mas um consultor na área contábil. Portanto, terão destaque àqueles que compreenderem que em eminente instabilidade do mercado nacional ter pró-atividade, estar aberto à inovações e à especializações pode ser a porta para insights favoráveis à organização e ao próprio crescimento profissional.

*Marcos Bassi é diretor da KPMG no Brasil

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