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Novo líder do PT diz que prioridade será unir bancada

Agência Câmara - 31 de agosto de 2005 - 08:25

O deputado Henrique Fontana (RS) foi eleito nesta terça-feira o novo líder do PT na Câmara. Na reunião da bancada do partido para a eleição, na qual não estiveram presentes os deputados da ala de esquerda, Fontana adiantou que o seu primeiro desafio como líder será tentar unificar o partido. "Vou fazer de tudo para unificar a bancada, respeitando a diversidade de opiniões", afirmou.
Uma das exigências do grupo de esquerda, integrado por cerca de 20 deputados, é que o partido dê respostas claras sobre as denúncias que atingem a legenda. O grupo defende também a adoção de postura autônoma em relação ao governo federal.
"O PT tem uma história que honra as pessoas que a construíram, e as ilegalidades cometidas por alguns não podem comprometer essa trajetória", declarou Henrique Fontana. O parlamentar lembrou que as denúncias de suposto envolvimento com o "mensalão" estão sendo apuradas pela Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria Geral da União. "A bancada não pode fazer pré-julgamentos", ressaltou, avaliando que a prerrogativa de examinar a conduta dos dirigentes cabe ao partido, não à bancada.

Rolo compressor
O novo líder do PT não faz parte do Campo Majoritário, ala dominante no partido, mas da Opção de Esquerda, uma tendência que atua no Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Jorge Bittar (RJ), Fontana foi escolhido para evitar que o Campo Majoritário aplique um "rolo compressor" sobre a bancada. "Queremos viver um novo momento, encaminhando soluções que unam o conjunto do partido", disse Bittar.
Quanto à ausência dos deputados da ala esquerda na escolha do líder, Bittar afirmou que, enquanto não se completar o processo de eleições diretas do partido, previsto para o dia 18 de setembro, as posições continuarão divergentes porque cada grupo faz campanha por seus candidatos.

Insatisfação
Um pouco antes da eleição de Fontana, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), do grupo de esquerda, declarou que o nome do novo líder não era importante. "Até porque qualquer nome será do Campo Majoritário ou aceito por ele. O que importa para nós são essas premissas que, enquanto não forem respondidas, vão gerar essa divisão e insatisfação."



Reportagem - Sandra Crespo / SR


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