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Novo astronauta depende de futuro da estação espacial

Juliana Andrade/ABr - 23 de março de 2006 - 11:53

A Agência Espacial Brasileira (AEB) aguarda a definição sobre a continuidade do programa Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para decidir se abrirá concurso para a seleção de astronautas no Brasil.

O presidente da AEB, Sergio Gaudenzi, diz que os Estados Unidos e a União Européia têm dúvidas sobre os custos e os benefícios de se manter a estação. A ISS é um projeto científico desenvolvido por 16 países: Rússia, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália, Suíça, Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Holanda, Espanha, Brasil e os Estados Unidos.

"A estação é um projeto caro", conta Gaudenzi, que participou hoje (23) de entrevista coletiva a emissoras de rádio da Radiobrás . Segundo ele, os Estados Unidos e os países da União Européia arcam com a maior parte dos gastos do projeto. O Brasil também contribui, mas com uma parcela minoritária.

"A França e a Alemanha começam a questionar se não poderia ter outra forma de fazer esses experimentos sem a estação, até porque eles acham que a estação está muito próxima da Terra, cerca de 400 quilômetros, não seria nem um ponto intermediário para uma ida à Lua, por exemplo", explicou o presidente da Agência Espacial Brasileira.

O tenente-coronel Marcos Pontes, primeiro brasileiro escolhido viajar à Estação Espacial Internacional, foi selecionado pela AEB para ser astronauta por meio de concurso público, realizado há cerca de oito anos. Atualmente, é o único astronauta brasileiro treinado pelo governo e com viagem espacial prevista para o final do mês, em uma nave russa.

O presidente da agência afirmou que, se o programa prosseguir, o governo selecionará outros astronautas: "Mas, como somos sócios minoritários, estamos aguardando o rumo que a estação tomará. Ela poderá ser transformada em outro projeto e, nesse caso, teremos que ir para outra direção."

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