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Geral

Neta presta homenagem a avó Lica; leia o texto

Bruna Girotto - 15 de outubro de 2013 - 15:32

Elida, filha mais velha da Edna - filha da Tia Lica - escreveu um texto em homenagem a sua avó e pediu que fosse publicado no Cassilândia News. Abaixo, segue a homenagem:

HOMENAGEM A MINHA AVÓ LICA

Mulher de garra, mãe, amiga, avó, bisavó, esposa...
com dedicação criou seus filhos...
os ensinou a trilhar o caminho do bem...
e seus filhos tiveram filhos, e os filhos dos filhos também...
e todos sempre terão orgulho de falar
dessa mulher, que com muita garra
lutou, contra o tempo, contra a saudade,
contra a doença, contra o cansaço dos anos..
minha avó de cabelos alvos como a neve,
trazidos com a experiência da vida,
minha avó cheia de paciência, que a todos servia e muitas vezes não foi compreendida.
Minha avó, mulher prendada, que costurava com mãos de fada, que dava aulas de costura, que cozinhava, que sorria...
Mulher alegre, que gostava de ouvir musica e conversar.
Sua diversão era ver o salão de costura cheio de alunas e escutar sua radio favorita
A Radio Patriarca, onde ligava varias vezes ao dia, para pedir e oferecer musicas. Os Locutores já há conheciam por sua voz.
Avó querida pelos seus cinco netos, que com certeza para nós as qualidades dela eram muito superiores aos defeitos. Defeitos? Será que Vó tem defeitos para um Neto?
Quando estudava de manhã, eu não saia de casa sem ir tomar cafezinho dela, pois o padeiro já havia deixado o pão e o café saia quente e fresco. Além de passar o dia grudada com ela, aos domingos eu me levantava bem cedo ia bater na janela do seu quarto ate que ela fazia meu avô levantar e abrir a porta para que eu pudesse entrar, e ai o que eu mais gostava acontecia, eu deitava no meio dos dois e ali não deixava mais ninguém dormir.
Hoje, tenho 34 anos, mas levo comigo uma marca que com certeza jamais se apagará, a marca de um soro que eu tomei porque fiquei doente de saudades da minha avó Preta quando uma vez viajei para Minas Gerais e enquanto ela não chegou para me ver, a minha febre não passou, como era pequeninha, as veias estavam difíceis de achar, então acharam no meio de dois dedos, e ficou uma marca, que tenho até hoje.
Eu nunca parei para pensar
como será sem minha avó?
aquele arroz gostoso aonde vou comer?
seu cheiro sereno aonde vou sentir?
depois que Deus a levar pra junto dele e pra longe de mim
Nem o eco da sua voz estarei a ouvir.

Obrigada por tudo e perdoa se algum dia lhe fizemos algum mal. Perdoa todos que te fizeram mal. Não leve magoas, leve a paz e a certeza de que a senhora sempre lutou por aquilo que acreditava ser o melhor para seu esposo,filhos, netos e bisnetos.

Te amo Vó, o sofrimento é grande, mas “Bem aventurados os que choram, por que serão consolados”.

ÉLIDA MARIA DE MENEZES

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