Terminou ontem (09/11) a prova de ganho de peso da Associação Sul-mato-grossense de Criadores de Nelore (ASCN) em parceria com a Embrapa Gado de Corte e com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Geraldo Ramos de Figueiredo, a prova começou no dia 24 de maio quando os animais ficaram 57 dias submetidos a um período de adaptação com o mesmo manejo e alimentação para minimizar as diferenças de manejo a que estavam submetidos nas propriedades de origem. Após esse período a prova durou mais 112 dias. Durante esse período os animais continuaram a receber os mesmos tratamentos e passaram a ser avaliados em três pesagens os ganhos de peso individuais de cada um. A Embrapa é responsável pela pesagem, manejo e análise de dados em todo o processo.

Para o presidente da Associação Sul-mato-grossense dos Criadores de Nelore (ASCN), Ulysses Serra Neto, “esta é uma das provas de ganho de peso mais importantes do Brasil, tivemos aí a participação de vários criadores de renome nacional colocando seus animais à prova”, isso demonstra a credibilidade que a PGP está tendo, respaldada também nas instituições que são parceiras da ASCN”, finaliza Noninho.

Esta foi a décima segunda prova de ganho de peso em Mato Grosso do Sul e a participação de animais só é possível se estiverem devidamente controlados com pai e mãe registrados pela ABCZ e possuírem idade entre 213 e 303 dias. Nesta edição foram avaliados 115 animais. No final do processo os animais foram classificados em quatro categorias, entre: Elite, Superior, Regular e Inferior. Segundo Figueiredo, de 13% a 14% dos animais ficam na categoria Elite. Os dados com os resultados ficam à disposição na associação para os criadores, sendo que cada criador decide se coloca o animal em outras provas. “O ideal”, diz o pesquisador da Embrapa, “é que os animais continuem a ser avaliados em outros testes”, conclui.

Nos resultados, divididos entra “prova A” e “prova B”, que avaliaram, respectivamente, animais de 213 a 258 dias e de 259 a 303 dias, apontaram 21 animais classificados como Elite. Na prova de 213 a 258 dias, o destaque da prova foi o animal de propriedade do criador Cláudio Fernando Garcia de Souza. O bovino, filho do 105 MN, possuía 234 dias, e alcançou ganho de peso médio de 1,152 quilos nos 112 dias, com peso final em 09 de novembro de 409 quilos.

Em segundo lugar, na mesma categoria, ficou o animal do criador Dácio Queiroz Silva, Fazenda Fronteira, animal filho de Tibet POI da BR, com peso final de 407 quilos e ganho de peso diário de 1,196 quilos. Em terceiro Jairo Queiroz Jorge, Fazenda das Acácias, animal filho de Jagan TE da Sabia, com peso final de 385 quilos e ganho de peso diário de 1,196 quilos.

Na prova de 259 a 303 dias o destaque foi o animal filho do Big Ben da Santa Nice, da Fazenda São Lourenço, de propriedade de Geraldo de Souza Carvalho Júnior. O animal tinha idade inicial de 275, peso inicial de 352 quilos e atingiu peso final de 479 quilos em 09 novembro, com ganho médio diário de 1,134 quilos nos 112 dias, tendo um índice final de 120,40.

Em segundo lugar, na mesma categoria, ficou o animal do criador Geraldo Majella Pinheiro, Fazenda São Geraldo, animal filho de Bitelo da SS, com peso final de 484 quilos e ganho de peso diário de 1,152 quilos e índice final de 117,52. Em terceiro colocado o animal filho de Raposo da Cinelândia, com peso final de 474 quilos e ganho de peso diário de 1,089 quilos, tendo um índice final de 114,02, também de propriedade de Geraldo Majella Pinheiro, Fazenda São Geraldo.

Embora a planilha de custos elaborada pela Embrapa aponte para R$ 628,92 por animal ao fim da prova, que teve duração de 112 dias, a Nelore-MS manteve a inscrição em R$ 300,00 por animal, a partir de três, ou seja, desconto de mais de 50%.


A premiação

Os proprietários dos animais campeões receberão a premiação da PGP durante a 2ª NeloreFest, que vai fechar o ano premiando os melhores neloristas do rancking estadual e nacional. O evento acontece dia 19 de novembro, às 20 horas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, MS.