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Mudança sugerida para curso de Agronomia gera polêmica
Mais de duas mil sugestões foram recebidas pela consulta pública para discutir as nomenclaturas dos cursos de Engenharia. Os dados são da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. A sugestão inicial era reduzir as atuais duzentas e trinta e quatro denominações para vinte e duas. Segundo foi constatado pelo ministério, o mesmo curso pode ter vários nomes, dependendo da instituição de ensino ou mesmo da região, o que gerava um número grande de denominações de cursos para uma mesma profissão. A proposta é apoiada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o Confea, responsável por fiscalizar o exercício profissional da classe. Mas uma das mudanças sugeridas tem causado polêmica entre os profissionais. É a mudança proposta para o curso de Agronomia, como explica Ricardo Veiga, vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior, que integra o colégio de entidades do Sistema Confea/Crea.
"A agronomia é uma carreira única. Acontece que algumas faculdades do Brasil, no diploma colocam engenheiro agrônomo, mas colocam curso de Agronomia e outras chamam de curso de Engenharia Agronômica. O MEC sempre aceitou estas duas denominações. Então, qual é a realidade: o curso, o nome correto é Agronomia, porque Engenharia Agronômica é menos do que Agronomia. Então, o correto é curso de Agronomia. Título sempre foi e sempre será engenheiro agrônomo. O erro do MEC foi colocar o título de agrônomo, que não existe mais há muito tempo."
Ricardo Veiga destaca, ainda, que a permanência do título de engenheiro agrônomo é praticamente consenso entre todos os profissionais. De acordo com a Secretaria de Ensino Superior, as sugestões passam agora por uma avaliação técnica. Em novembro, os novos nomes dos cursos devem ser anunciados e passam a valer já a a partir de dois mil e dez para todas as universidades do País.
Reportagem, Luciana Cobucci