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MT quer fim da vacina contra aftosa; entidade vê risco

Campo Grande News/ Fernanda Mathias - 18 de maio de 2010 - 10:59

No Mato Grosso, que tem o maior rebanho bovino do País, a busca do status de livre de febre aftosa sem vacinação não é consenso entre as entidades representativas dos criadores de gado.

Enquanto a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) pretende encaminhar ao Ministério da Agricultura pedido para revisão do status sanitário, para a APR (Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso) há riscos no fim da vacinação do rebanho, conforme matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo.

O estado vizinho não registra nenhum caso da doença há 14 anos, no entanto os produtores precisam gastar R$ 50 milhões anuais com a vacina. O status de área livre sem vacinação permite ainda acesso a mercados mais exigentes e que pagam melhor.

"A exemplo de Santa Catarina, que já conseguiu, e do Paraná, que já pediu, nós também nos colocamos na posição de pedir, uma vez que já estamos há 14 anos sem febre aftosa no Estado", afirma Rui Prado, presidente da Famato.

Para Paulo Resende, diretor-executivo da APR, Mato Grosso não tem estrutura para fiscalizar adequadamente a fronteira com a Bolívia e as divisas com Rondônia, Amazonas e Pará.

"Essa discussão é prematura, pois Mato Grosso ainda é um Estado muito vulnerável. Qualquer descuido pode jogar por terra todo o trabalho que tivemos ao longos desses anos", afirma. Ele ressalta que a situação de Santa Catarina é "muito diferente". "Ali você tem apenas um grande corredor de entrada e saída para fiscalizar. É muito mais viável do que fechar mil quilômetros de fronteiras de alto risco sanitário."

Para a Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), o reconhecimento virá “de qualquer maneira, apenas com respaldo técnico, de análises laboratoriais e de histórico de ocorrências", diz o diretor Luciano Vacari.

O governo de Mato Grosso do Sul também já manifestou que está percorrendo os caminhos em busca do status de área livre sem vacinação. Recentemente, porém, a secretária de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa, não informou prazo para retirada da ZAV (Zona de Alta Vigilância) na fronteira com o Paraguai. Ela explicou que algumas ações serão reduzidas, paulatinamente.




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