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MS vacinará bezerros contra febre aftosa na fronteira

Agência Brasil/Lourenço Canuto - 21 de janeiro de 2007 - 12:31

Os pecuaristas da faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul vão iniciar em fevereiro a vacinação dos bezerros de até um ano contra a febre aftosa. A ocorrência da doença no estado provocou, em 2005, déficit de US$ 721,6 milhões na balança comercial local, e em 2006 as exportações de carne bovina caíram de R$ 1,149 bilhão para R$ 1 bilhão.

Desde o final do ano passado, no entanto, alguns países começaram a rever o embargo à compra de carne do estado, como Israel e a Colômbia, que na semana passada decidiu também voltar a comprar o produto do Paraná.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Guedes Pinto, defende que as campanhas de vacinação sejam feitas em conjunto com os países fronteiriços, duas vezes por ano. O rebanho brasileiro é o maior do mundo, com cerca de 205 milhões de animais, e a fronteira seca do país tem 14 mil quilômetros. Essa extensão, acrescentou o ministro, "deixa o o Brasil muito vulnerável".

A erradicação da febre aftosa, segundo Guedes Pinto, não depende apenas do governo federal: “Cabe ao Ministério da Agricultura a coordenação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, mas é responsabilidade dos estados executá-lo”, afirmou nesta semana.

A vacinação em Mato Grosso do Sul foi definida com os presidentes de sindicatos rurais, representantes do Ministério da Agricultura, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção e do Turismo e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar Silva Junior.

A Famasul informou que a campanha atingirá 14 municípios impedidos de comercializar o rebanho devido aos focos de febre aftosa detectados em outubro de 2005. De 1º de fevereiro a 15 de março deverão ser vacinados 226 mil animais em Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Japorã, Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi, Amambaí e Corumbá.

A expectativa dos pecuaristas, segundo o presidente da Famasul, é a de que o Escritório Internacional de Epizootias (OIE) volte a considerar o estado Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação. "Precisamos de ações para voltar a exportar", disse Ademar da Silva Junior.


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