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MS tem até sexta-feira para vacinar

02 de setembro de 2004 - 08:22

O estado do Mato Grosso do Sul tem até 3 de setembro para concluir a vacinação contra a poliomielite e sarampo, iniciada no dia 21 de agosto. Até a próxima sexta-feira, os pais ou responsáveis devem levar as crianças menores de cinco anos ao posto de saúde próximo para receber as gotinhas que protegem contra a paralisia infantil. As crianças maiores de um ano e menores de cinco também receberão a vacina contra o sarampo.

De acordo com dados preliminares da secretaria estadual de saúde do Mato Grosso do Sul repassados ao Ministério da Saúde, até o dia 26 de agosto o estado vacinou 137,1 mil crianças contra poliomielite, o que representa cobertura de 64,54%. Contra o sarampo, a secretaria estadual de saúde informou a aplicação de 105,4 mil doses, ou 61,14% da meta.

Os dados parciais do Brasil indicam a vacinação de mais de 11,3 milhões de crianças tinha sido vacinadas contra a poliomielite, desde o início da Campanha Nacional de Vacinação. O número aponta para o sucesso de mais essa campanha, já que representa 66,98% de cobertura. Em relação ao sarampo, a avaliação também é positiva: a cobertura já chega a 58,8%, com mais de 8 milhões de crianças vacinadas.

Até o dia 3 de setembro, as metas do Ministério da Saúde, dos estados e municípios são imunizar mais de 17 milhões crianças contra a pólio e 13,7 milhões contra o sarampo. O próximo balanço parcial será divulgado na sexta, dia 3, término da campanha, e o resultado final, no dia 11 de outubro.



Importância da vacinação - A vacinação contra a poliomielite, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com secretarias estaduais e municipais de saúde, é importante porque mantém a doença erradicada no Brasil, onde o último caso foi registrado em 1989. Esta estratégia impede, ainda, a importação de casos de nações que ainda têm registros de poliomielite e com as quais o Brasil matem estreitas relações comerciais e de turismo.

Restam no mundo três regiões que ainda não receberam a certificação de erradicação da pólio: África, Sudeste da Ásia e Mediterrâneo. Nos últimos três anos, 12 países dessas regiões registraram casos da doença: Angola, Etiópia, Madagascar, Mauritânia, Níger, Nigéria, Índia, Afeganistão, Egito, Paquistão, Somália e Sudão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou, na última terça-feira, 24 de agosto, casos de poliomielite em Guiné e Mali. Estes dois países não registravam casos desde 1999. Ambos também não vacinaram suas crianças na campanha realizada em vários países africanos para evitar que vírus circulantes na Nigéria e em Níger se alastrassem. Uma nova campanha será realizada em outubro e novembro deste ano em 22 países da África. Segundo a OMS, em muitos países afetados pela pólio no continente, apenas 50% da população está imune à doença.

Com relação ao sarampo, a vacinação eliminará o risco de a criança contrair a doença e garante ao Brasil a eliminação dessa enfermidade. Em 1995, o Brasil já havia alcançado um bom nível de controle do sarampo. Na época, em alguns estados brasileiros achava-se que não era preciso participar da campanha de vacinação contra a doença, o que levou a uma cobertura vacinal muito baixa.

Como resultado, em 1996 houve a importação de casos de sarampo, vindos provavelmente da Itália, que levaram a uma epidemia em todo o país. Foram mais de 50 mil casos entre 1997 e 1998. A epidemia causou cerca de 60 mortes. Outro fator que levou à epidemia foi que a campanha não foi realizada por muitos estados em 1995.

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde alerta, ainda, que os pais e responsáveis poderão atualizar o cartão de vacinação da criança, caso não tenha recebido vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Vale ressaltar que as doses contra a pólio e o sarampo serão aplicadas mesmo sem o cartão.



Recurso – O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 103,5 milhões, dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas (cerca de R$ 10 milhões para as doses contra a pólio e cerca de 77 milhões para as doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba), R$ 11,3 milhões em repasses para as secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação da campanha.



Agência Saúde

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