A relação custo-benefício na pecuária de corte brasileira chamou a atenção de empresários australianos, que não temem por barreiras sanitárias. Em reunião hoje pela manhã com o secretário adjunto e o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços (Seprotur), Paulo Engel e Jonathas Camargo, respectivamente, Bernard Baxter afirmou que pretende investir US$ 40 milhões no sistema de cria e engorda, e também na produção de soja. Baxter já passou pela Argentina e Uruguai e desde a semana passada vêm fazendo visitas a empreendimentos agropecuários no Estado.



Representante de uma cooperativa de produtores de seu país, Bernard Baxter conheceu alguns detalhes sobre a política de incentivo fiscal e também sobre as vantagens para se estabelecer investimentos no Estado. “Todos os segmentos da agropecuária sul-mato-grossense vem crescendo a um ritmo muito forte”, frisou Engel seguido por Camargo que reforçou: “as indústrias instaladas no Estado estão ampliando e modernizando suas estruturas, agregando cada vez mais valor aos seus produtos”.



A Austrália é conhecida por estar entre os principais players do mercado mundial da carne bovina, contudo, segundo Baxter, além das terras australianas serem caras, as mesmas não refletem na produtividade. “Na estrutura dos custos, o Brasil é muito mais competitivo que a Austrália, isso sem contar as condições climáticas”, afirmou o empresário.



Acompanhado pelos consultores argentinos Juan Pablo Sánchez e Guillermo Ramhorst, Bernard cogitou ainda a possibilidade de sugerir ao grupo que representa investimento em um porto seco, na verdade a reativação do modal no município de Bataguassu.



Cristiane Sandim