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MS: mulher confunde bullying com bulinar

Bruna Girotto - 27 de agosto de 2011 - 10:44

Era quarta-feira. Minha empregada chegou de manhã e contou um fato interessante. No ônibus, enquanto ela vinha para o serviço, uma senhora demonstrou-se horrorizada quando sua neta pediu que ela a ajudasse a fazer um trabalho escolar sobre \\\\\\\"bullying\\\\\\\".

A senhora dizia em alto e bom som: \\\\\\\"Que pouca vergonha, essa escola pedindo trabalho sobre \\\\\\\'bul\\\\\\\'. Como que eu explico pra minha neta o que é \\\\\\\'bulinar\\\\\\\'? Na minha época, as escolas não pediam essas coisas não!\\\\\\\"

Ocorre que a senhora estava confundindo o termo \\\\\\\"bulinar\\\\\\\", que seria o mesmo que fazer carícias sexuais, com a expressão inglesa \\\\\\\"bullying\\\\\\\", que, segundo a Revista Escola, caracteriza-se por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

O termo bullying, segundo a revista, tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.

Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

\\\\\\\"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo\\\\\\\", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ).

Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

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