O número de motociclistas mortos em acidentes no trânsito de Campo Grande disparou no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Foram 10 mortes contra seis entre janeiro e março de 2008. Um sinal de alerta para quem trafega sobre duas rodas.

A frota de motos tem crescido bem acima da de carros de passeio, situação que reflete as condições facilitadas para a compra deste tipo de veículo e do preço menor.

No primeiro trimestre deste ano os acidentes de trânsito provocaram 15 mortes, uma a menos que no primeiro trimestre de 2008 – considerando apenas os óbitos no local do acidente.

Apesar de os motociclistas figurarem como as principais vítimas desta estatística, os dados do Detran mostram que muitos não estão preocupados com a segurança. De 172 CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) suspensas em março, 88, ou seja, 51%, eram de motociclistas que dispensaram o uso do capacete ou que levavam passageiros sem o equipamento obrigatório.

Embora a gravidade tenha aumentado, o número de acidentes envolvendo motociclistas caiu. Em 2009, janeiro, fevereiro e março registraram 984 acidentes envolvendo motociclistas, 5% a menos que o registrado no mesmo período do ano passado.

Velocidade – Para o Detran, as principais causas dos acidentes envolvendo os pilotos de moto são imperícia aliada ao excesso de velocidade nas vias. No mês passado, as infrações por excesso de velocidade em Campo Grande chegaram a 40% do total de 7.905 infrações do mês.

"A velocidade é muito perigosa no trânsito. Em um acidente de trânsito, quanto maior a velocidade dos veículos envolvidos, maior as chances de morte ou sequelas permanentes nas vítimas", explica o diretor-presidente do Detran-MS, Carlos Henrique Santos Pereira.

Para combater o excesso de velocidade, o Detran-MS vai intensificar a fiscalização de trânsito através de veículos de monitoramento de velocidade e de lombadas eletrônicas. Os veículos farão uma fiscalização volante e as lombadas serão instaladas em 12 cidades do Estado.