O advogado e ex-ministro, Márcio Thomaz Bastos, morreu aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele estava internado desde terça-feira (18) para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar. Bastos foi um dos principais ministros durante a gestão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2007, citado como seu principal conselheiro.

Márcio nasceu no dia 30 de julho de 1935, na cidade de Cruzeiro (SP), ele se formou pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na turma de 1958, se tornando um renomado advogado criminalista, tendo atuado inclusive na acusação dos assassinos de Chico Mendes e do jornalista Pimenta Neves.

Durante a sua carreira trabalhou em quase mil julgamentos perante o Tribunal do Juri. Foi fundador de um dos principais escritórios de advocacia do país, onde atuou até 2003, quando se tornou um dos mais importantes ministros do governo Lula, a frente do Ministério da Justiça.

Seu escritório também fez a defesa de acusados famosos como o médico Roger Abdelmassih, do empresário Carlinhos Cachoeira, assim como do estudante Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, acusado de causar a morte de um ciclista na BR-040 por excesso de velocidade.

Durante o julgamento do mensalão, também participou da defesa de ex-dirigentes do Banco Rural. Após a eleição de 1990, integrou o governo "paralelo" instituído pelo PT, como encarregado do setor de Justiça e Segurança, tendo participado ao lado do jurista Evandro Lins e Silva, da redação da petição que originou o impeachment de Collor.