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Morre Erasmo Dias

05 de janeiro de 2010 - 07:08

O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Erasmo Dias morreu, aos 85 anos, na noite desta segunda-feira (4), de acordo com o Hospital do Câncer A.C. Camargo. Ele estava internado desde o dia 2 de janeiro em decorrência de câncer no estômago e no fígado.

Quem era

Antônio Erasmo Dias (Paraguaçu Paulista, 2 de junho de 1924 — São Paulo, 4 de janeiro de 2010) foi um coronel reformado do Exército Brasileiro que ficou conhecido por ter liderado uma violenta invasão à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, em 22 de setembro de 1977, onde uma reunião de estudantes pretendia refundar a União Nacional dos Estudantes - UNE.

Biografia
Formado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo - USP e bacharel em Direito pela Universidade da Guanabara, Erasmo Dias entrou para o exército onde ficou por 35 anos. Durante o Regime Militar de 1964, Dias destacou-se na época por duas ações. Primeira: foi um dos fundadores do partido político situacionista ARENA na época do bipartidarismo. Segundo: Organizou as primeiras ações de caças aos comunistas depois de 1968. Durante o governo Médici (1973) assumiu a Secretaria de Segurança Pública em São Paulo entre março de 1974 a março de 1979, durante o governo de Paulo Egídio Martins.

Após 1964
Posteriormente foi deputado federal, depois deputado estadual e, por fim, vereador do Partido Progressista - PP, pela cidade de São Paulo.

Foi também professor licenciado de economia. Trabalhava com uma empresa de segurança que treina vigilantes particulares e exerceu o cargo de vereador até 2004.

Erasmo desejava receber indenização, como as que são pagas a perseguidos políticos da época do regime militar. Porém sua ação jurídica não obteve êxito.

Invasão da PUC
Quando era coronel, Erasmo Dias foi um dos braços direito do regime militar em São Paulo. Em 1977, ele comandou a invasão a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ocorrida em numa quinta-feira à noite. Muitos estudantes saíram queimados devido ao uso de bombas de fósforo. Erasmo havia cercado a faculdade com tropas militares.

Cerca de 1.100 estudantes foram presos e levados ao quartel da polícia na avenida Tiradentes, centro de São Paulo, no Batalhão Tobias de Aguiar.

Com informações da Wikipedia e da Folhaonline

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