José Yassuke Okama morreu na madrugada de hoje, aos 78 anos, devido a complicações respiratórias, diabetes e por fim, uma infecção generalizada. Figura conhecida na cidade, seu Zé esteve a frente do bar mais famosos de Campo Grande, da década de 60 até meados dos anos 90, quando começou a apresentar os primeiros problemas de saúde.

Okama assumiu o Bar do Zé quando o pai faleceu precocemente e ali reforçou a história de um ponto politizado, frequentado por prefeitos, governadores, jornalistas e artistas, desde o antigo Mato Grosso.

Quando teve tocar o negócio da família, com penas 17 anos, ele precisou também ajudar a mãe a cuidar dos irmãos mais novos, ao todo 10 crianças, a caçula com apenas 11 meses de idade. Por isso, abdicou de vários sonhos, como o de estudar, mas se sempre disse se sentir realizado ao formar irmãos em Medicina e Engenharia.

O Bar do Zé, que na verdade se chamava São Jorge, abriu as portas em 13 de março de 1953, no no Calçadão da Barão do Rio Branco e ainda existe, apesar dos netos não saberem o destino certo da empresa da família. O lugar foi rebatizado por jornalistas, intelectuais e políticos que frequentavam o espaço diariamente. A tradição era comer o bom e velho pão na chapa e experimentar o café com leite.

Seu Zé, que comemorou 50 anos de casado com dona Amélia no ano passado, estava internado desde semana passada no Proncor, do bairro Chácara Cachoeira. Faleceu durante a madrugada, mas a saúde era frágil há duas décadas, desde que deixou o comando do bar em 1997.

Além dos problemas respiratórios e diabetes, Zé teve septicemia. O velório acontece na Funerária Nipo Brasileira, que fica na avenida Mato Grosso, 952, neste domingo, pela manhã. O enterro será amanhã, no cemitério Santo Antônio, na avenida Eduardo Elias Zahran.