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Moringa: a proteína verde que está ganhando espaço

Ativo.com.br - 28 de agosto de 2016 - 11:00

Poucos brasileiros ouviram falar de uma planta chamada moringa. Segundo especialistas, essa árvore pode ser considerada uma descoberta barata e revolucionária. Originária da Ásia e da África, a árvore de até 12 metros de altura é remédio – trata de malária a dores de estômago – e alimento com alto valor nutritivo, com uma excelente composição de proteínas, vitaminas e sais minerais.

A moringa vem sendo chamada de árvore da vida pelos seus entusiastas. Entre eles está o Dr. Howard Fisher – autor de 17 livros sobre saúde, praticante da medicina natural e especialista em antienvelhecimento. Em seu livro “Moringa Oleífera: Magic, Myth or Miracle” (“Moringa Oleífera: mágica, mito ou milagre?”), o médico detalhou alguns estudos científicos e descobertas sobre os benefícios desta planta para a saúde. Confira:

Benefícios
São muitos nutrientes, antioxidantes e anti-inflamatórios contidos nessa árvore, por isso, muitos a chamam de Árvore dos Milagres. A moringa tem tanta proteína quanto qualquer outra fonte animal e contém todos os aminoácidos essenciais. É também rica em cálcio, ferro, vitamina A, vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio, ômegas e zeatina, hormônio vegetal que atua no antienvelhecimento.

Cerca de 100 gramas das folhas frescas podem suprir as necessidades diárias de cálcio, cerca de 80% das necessidades do ferro e metade das proteínas necessárias. Alguns especialistas dizem que ela tem capacidade alcalinizante e pode ser base para tratamentos diversos: câncer, depressão, mal de Alzheimer, epilepsia, diabetes, inflamações, obesidade, reumatismo, dengue e AIDS.

Pesquisadores concluíram que, comparada grama por grama com outros produtos, a moringa possui sete vezes mais vitamina C que a laranja, quatro vezes mais vitamina A que a cenoura, quatro vezes mais cálcio que o leite de vaca, três vezes mais ferro que o espinafre e três vezes mais potássio que a banana. E mais: a composição de sua proteína mostra um balanço excelente de aminoácidos essenciais.

Proteína vegetal: qual a diferença?
A proteína mais abundante no planeta é a de origem vegetal. Porém, a qualidade nutricional de uma proteína está relacionada à sua digestibilidade e à sua capacidade de satisfazer as necessidades em aminoácidos essenciais (aqueles que precisamos ingerir pois o corpo humano não os produz) para a síntese proteica. Essa qualidade varia de acordo com a fonte proteica, com os tratamentos utilizados no processamento do alimento e com as interações com outros componentes da alimentação.

A digestibilidade pode variar de acordo com a fonte e o preparo da proteína vegetal. E ela pode ser tão alta quanto à animal para alguns alimentos, como parece ser o caso da moringa. A ingestão dos aminoácidos essenciais pode ser atingida utilizando-se apenas as proteínas vegetais ou uma combinação delas com as animais (ovos, leite e queijo).

Como consumir
A moringa pode ser consumida como chá, triturada em pó ou via cápsulas vegetais. O gosto dela é bem forte, então o conselho é misturar a moringa em pó com vitaminas, sucos ou outras receitas saudáveis. As folhas podem ser consumidas cozidas em sopas, guisados e pratos variados.

As folhas e hastes podem ser secas e usadas como condimento, polvilhando sobre os alimentos. A vagem pode ser usada verde e fresca e tem sabor de ervilha quando cozida. As sementes podem ser consumidas torradas e cozidas com sal, tendo um sabor parecido com grão de bico. As flores podem ser utilizadas em saladas, e são fonte importante de néctar para as abelhas.

Moringa: planta também pode filtrar a água
A moringa oferece ainda mais um presente: devido a uma composição dos óleos e das proteínas que existem nas sementes, quando elas são trituradas e misturadas a uma água turva e não potável, acontece o inimaginável: a água fica limpa. Como isso acontece? O pó das sementes de moringa possui a propriedade de atrair argila, sedimentos e bactérias, que vão para o fundo do recipiente e deixam a água clara e potável.

Na edição deste ano da Google Science Fair, estudantes do mundo inteiro foram convidados a usar suas habilidades na ciência, engenharia e tecnologia para desenvolver um projeto que fosse bom para o planeta. Os vencedores da competição foram dois brasileiros que escreveram o projeto: “Semente Mágica – Transformando água contaminada em água potável“.

O projeto apresentou a semente de moringa como uma boa solução para o problema de contaminação das águas por ela ser um coagulante natural, viável e também biodegradável, além de possuir também propriedades antimicrobianas, destacando-se dos coagulantes inorgânicos, como o sulfato de alumínio.

(Fontes: UNESP, NIH National Institutes of Health, ONU, Google Science Fair)

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