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Ministro apóia prova para diretores de escola em MS

Marta Ferreira/Campo Grande News - 29 de novembro de 2007 - 10:09

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), ganhou um apoio de peso nesta quinta-feira à proposta de mudar as regras para a escolha de diretor nas escolas estaduais, que vigoram há 16 anos. Em visita a Campo Grande, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou nesta manhã, na escola Joaquim Murtinho, que a eleição dos gestores apenas pelo voto, como é hoje no Estado, é a “segunda pior” forma de escolha. A primeira pior forma, disse o ministro, é a definição dos diretores apenas por indicação.

Ao fazer a análise, Haddad disse que a indicação do MEC (Ministério da Educação) é de que haja um processo de avaliação dos professores que queiram ser diretores das escolas. Essa é a alteração principal que o governador André Puccinelli propõe no projeto de lei sobre as eleições na rede estadual de ensino, e que é rejeitada pelos sindicatos que representam os educadores.

Da forma como está, o projeto cria uma prova eliminatória para os candidatos à disputa pelo cargo de diretor. Para que esse processo seja colocado em prática, o atual mandato dos diretores, que vence no dia 31 de dezembro, será prorrogado até maio. Pelo sistema proposto pelo governo, poderia disputar quem atingisse uma média mínima de pontos após um curso de capacitação com conteúdos envolvendo legislação, gestão e questões ligadas à infância e adolescência.

Diante do impasse em torno da proposta, foi criada uma comissão com deputados, sindicalistas e representantes do governo para tentar um acordo. A previsão é que uma proposta conjunta seja fechada ainda hoje, para que o projeto de lei dê entrada na Assembléia Legislativa nesta sexta-feira.

O que é negociável - Ao falar do assunto, na presença do ministro, o governador disse que não abre mão que a prova a ser aplicada seja eliminatória. A Fetems defende que ela seja classificatória, funcionando como uma espécie de indicador ao eleitorado dos candidatos mais bem preparados. Puccinelli disse que admite apenas reduzir a nota de corte. Na proposta inicial, ela seria de 70% de acerto das questões. Hoje, o governador admitiu uma nota de 50%. E definiu, em comentário ao ministro Fernando Haddad: “Quem não conseguir tirar 5 é burro”.

O governador afirmou que “até a meia-noite de hoje” deve ser fechada um acordo sobre o assunto, mas não previu horário específico para isso. O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, que estava no colégio Joaquim Murtinho, durante a visita do ministro, apresentou uma nova idéia em relação ao processo eleitoral. Sugeriu que a avaliação dos professores passe a ser um dos pesos na composição da votação, hoje dividido em um terço para professores e funcionários, outro para aluno e outro para os pais. Pela idéia, passariam a ser quatro pesos: de 25% para cada um, incluindo a prova para os professores. O governador não respondeu.

O ministro Fernando Haddad está na cidade para o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, o chamado PAC da área educacional. Primeiro ele visitou a escola Joaquim Murtinho, que teve bom desempenho numa avaliação nacional, e depois seguiu para a Uniderp, onde ocorre o lançamento do programa, com metas para o setor nos próximos 15 anos.

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