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Ministério divulga ações para evitar aftosa
Brasília (27/09/2011) - As ações imediatas que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vem adotando estão detalhadas em Nota Técnica. O ministério reforçou as medidas desde o dia 19 de setembro, quando o Paraguai notificou à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, sigla em inglês) um foco de febre aftosa em bovinos no seu território.
A primeira medida do governo brasileiro foi a proibição da entrada de animais suscetíveis à febre aftosa e de seus produtos em todo o país. Paralelamente, os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram orientados a reforçar as atividades de fiscalização e vigilâncias nas fronteiras internacionais para impedir a reintrodução do vírus e a detecção precoce de qualquer sinal clínico da doença.
Foram definidas ações como a declaração de alerta sanitário nos quatro estados. e a realização de inspeções técnicas às propriedades localizadas nos municípios de fronteira e classificados como de maior risco. Também foi emitido o alerta às Comissões Municipais de Saúde Animal (Comusas). Além disso, foram adotadas medidas de controle e desinfecção de veículos nos postos implantados na divisa com o Paraguai, entre outras.
Outra iniciativa de reforço para evitar qualquer ameaça de ingresso da febre aftosa no Brasil é a atuação em conjunto de profissionais dos serviços veterinários estaduais com os militares que participam da Operação Ágata 2, desde 16 de setembro. Inicialmente programada para combater a criminalidade nas fronteiras do país, a operação foi prorrogada a pedido do ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho e também auxilia nas medidas emergenciais de vigilância sanitária animal na região.
No Mato Grosso do Sul, estado com a maior extensão de fronteira seca com o Paraguai 650 quilômetros estão lotados cerca de dois mil militares, além da estrutura permanente instalada na área, considerada Zona de Alta Vigilância (ZAV). Paralelamente, foram ampliadas as ações de fiscalização volante e fixa na divisa internacional. Neste momento, 12 equipes do Serviço Veterinário Estadual de Mato Grosso do Sul (Iagro), quatro grupos do exército e cinco equipes do Grupo de Operações da Fronteira (GOF) se deslocam pela área. Nos 14 postos fixos existentes na faixa de fronteira com o país vizinho a vigilância também foi intensificada.
Adicionalmente, o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, em conjunto com as autoridades veterinárias de Mato Grosso do Sul, está analisando a possibilidade de antecipar a campanha de vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira para outubro. Pelo calendário oficial, a imunização só ocorreria a partir de novembro. (Marcos Giesteira)