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Ministério aguarda resultado de exames em MS

Lana Cristina/ABr - 14 de outubro de 2005 - 08:13

O Laboratório Nacional Agropecuário, de Recife, credenciado pelo Ministério da Agricultura, ainda não comunicou o resultado do exame nas amostras de material do gado supostamente contaminado com o vírus da febre aftosa, do município de Japorã (MS). Segundo o secretário de Produção e Turismo do Mato Grosso Sul, Dagoberto Nogueira, é possível que só se saiba se o gado do município vizinho de Eldorado está contaminado dentro de três dias.

"O laboratório comunica o resultado ao ministério, que nos passará a informação", disse Nogueira. O secretário esteve reunido ontem (13) com técnicos do ministério, em Brasília, para discutir os rumos das investigações do serviço de inteligência do Mato Grosso do Sul. O trabalho tem a ajuda do governo federal.

Nogueira informou que a investigação será centrada, a partir de agora, na possibilidade de algum problema com a vacina usada na última campanha, em maio. "Inicialmente, nós tínhamos uma preocupação, de que a contaminação poderia ser criminosa. Mas isso o serviço de inteligência já apurou e foi descartado. Não entrou ninguém na fazenda, nos últimos 90 dias", afirmou.

Os técnicos avaliarão como a vacina foi utilizada, se estava no prazo de validade ou se foi mal armazenada. Segundo Nogueira, Mato Grosso Sul teve mais de 99% do gado imunizado em maio. E a fazenda Vezozzo, onde foi localizado o primeiro foco, no sul do estado, trabalha com gado de alta linhagem. O secretário ressaltou ainda que, em relatório entregue ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o proprietário da fazenda comprova que todo seu gado foi vacinado, mostra a origem do plantel e que todo o rebanho é sistematicamente acompanhado por um médico veterinário.

Em Japorã, acrescentou, a denúncia é de que o gado esteja em um assentamento que estaria trabalhando com rebanho vindo Paraguai: "E a investigação é diferente dessa concretizada em Eldorado".

O governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos, destacou que Japorã está no raio de 25 quilômetros, área isolada pelo instituto de defesa agropecuária do estado. "Temos que tratar a região de forma restrita. Regiões que ficam até 400 quilômetros de distância da área tampão, como é o caso do Norte do estado, não podem ser penalizadas", disse, em referência ao embargo de estados vizinhos.

Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal baixaram portarias, nos últimos dois dias, impedindo a entrada de boi vivo e de qualquer subproduto bovino proveniente de todo o estado do Mato Grosso do Sul. Segundo o secretário de Produção, Dagoberto Nogueira, os prejuízos com o embargo, no recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos), podem chegar a R$ 10 milhões, referentes ao boi vivo, e a R$ 5 milhões, referentes aos subprodutos.

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