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Militar era amigo de médico e queria roubar veículos

Aline Queiroz e Nadyenka Castro/Campo Grande News - 30 de outubro de 2007 - 16:46

Jéferson Lopes Kommers, 21 anos, o soldado desertor do Exército Brasileiro foragido e apontado como autor do assassinato do cardiologista Leandro de Carvalho Pereira, 42 anos, era amigo da vítima e planejava, juntamente com o outro soldado desertor, Marciano Ajala Ferreira, 23 anos, roubar os dois veículos importados do médico: um carro Mercedes Benz e uma caminhonete Pajero. Ele teve prisão preventiva decretada, já Ferreira está preso desde 19 de outubro, quando foi detido em Corumbá, pela apropriação indébita de uma motocicleta que havia locado e não devolveu.

Com o plano frustrado, os autores executaram a vítima com dez tiros de pistola e fugiram com a motocicleta Suzuki de mil cilindradas, que foi vendida na Bolívia por R$ 3,5 mil. Na ocasião em que foi preso pelo DOF (Departamento de Operações Especiais), ele revelou que havia sido contactado por Kommers para vender a moto na Bolívia.

Ele foi levado à Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), onde foi submetido a exame de impressão digital e, como percebeu que seria identificado, confessou também o envolvimento direto no assassinato.

O militar revelou que conheceu Kommers no período em que esteve preso no CMO (Comando Militar do Oeste). Kommers era amigo do médico havia seis meses e, por esse motivo, tinha acesso fácil à casa.

O crime- Em 11 de outubro, data do crime, o dois chegaram à casa do cardiologista, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, e tocaram a campainha. Eles entraram na residência, tomaram cervejas com o médico, começaram a discutir e anunciaram o assalto, movimentação que teria durado cerca de cinco minutos.

Os soldados tentaram algemar Pereira, que reagiu e correu para a frente da casa. Ferreira confessa ter efetuado cinco disparos contra o médico e os outros teriam sido efetuados por Kommers. Após a execução, eles fugiram na moto da vítima, uma Suzuki de mil cilindradas que estava ligada porque o médico estava de saída quando os autores chegaram. Pereira tinha por hábito deixar a motocicleta ligada instantes antes de sair.

De acordo com a Polícia Civil, Ferreira também era considerado foragido porque tinha mandado de prisão em aberto por crime de estelionato. Ele tem antecedente por furto e também teria envolvimento com esquemas de arrastadores de veículos, que eram levados para a Bolívia. Já o foragido Kommers, além de ser desertor do Exército, tinha passagem criminal por roubo.

O CMO esclareceu ontem que pelo crime militar de deserção, os soldados foram presos em agosto ou setembro deste ano. Eles estavam no CMO e conseguiram escapar em 3 de outubro, quando serraram as grades da cela, passaram por uma agência bancária e chegaram ao pátio. Uma sindicância já foi instaurada para apurar as circunstâncias em que a fuga ocorreu.

O CMO esclarece que os soldados já não cumpriam função militar e que Ferreira não era considerado um soldado “engajado”, ou seja, ele apenas cumpria o serviço obrigatório e ainda não tinha completado um ano de serviço militar. O Comando não liberou o soldado para apresentação na tarde desta terça-feira, segundo disse em entrevista coletiva o delegado responsável pelo caso, Geraldo Marin.

O telefone para quem tiver o paradeiro do foragido é 3901.1860 ou 3901-1866.

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