O mercado continua pessimista em relação à retomada do crescimento, este ano, do Produto Interno Bruto (PIB). Pesquisa semanal feita pelo Banco Central junto a consultores financeiros indica que a soma das riquezas do país deve aumentar 3,50%, contra 3,54% na semana anterior. A queda, gradativa, vem acontencendo há cinco semanas e se reflete também na expectativa de crescimento em 2005, que reduziu 0,1 ponto percentual, de 3,71% para 3,70%.

Quanto à inflação, o mercado mantém a perspectiva de 6% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e de 5,52% para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa da Universidade de São Paulo (IPC-Fipe). A previsão de inflação neste mês cai de 0,43%, na semana passada, para 0,42%, na pesquisa atual.

Mas o prognóstico é de crescimento no reajuste de preços monitorados, antes calculado em 7% no acumulado do ano, e que, agora, passa para 7,20%. Também devem aumentar as estimativas de inflação no atacado: o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) sobe de 7,50% para 7,61%, e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) passa de 7,38% para 7,51%.

Em contrapartida, os indicadores são positivos para a balança comercial, cuja expectativa de saldo aumentou de US$ 23,15 bilhões para US$ 24 bilhões, o que eleva, também, a perspectiva de saldo em conta corrente, de US$ 330 milhões, na semana anterior, para US$ 400 milhões. O mercado trabalha, ainda, com perspectiva de crescimento dos investimentos estrangeiros diretos, que eram calculados em US$ 12,10 bilhões e passou para US$ 12,95 bilhões.

Tudo isso, dentro de um contexto em que a taxa básica de juros feche o ano em 14% (hoje está em 16,25% ao ano) e que o preço do dólar norte-americano não ultrapasse R$ 3,05. O mercado também acredita que a taxa de juros caia para 16%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 14 de abril.