A rotina do empresário Tiago Santana é a mesma há vários anos. Mesmo assim, ele confessa que precisa da tecnologia para ajudá-lo a não esquecer dos compromissos:


\" Somos dependentes cada vez mais dos aparatos tecnológicos como e-mails, smart phones, agendas eletrônicas. E quanto a nossa vida pessoal, social, ai que sofre mais, porque meus compromissos sociais com amigos, com família, já não estão tão ajudados pela tecnologia então eventualmente, a gente esquece do horário, chega atrasado...\"

: De acordo com a fonoaudióloga do Hospital Federal da Lagoa, Juliana Belo, a nova tecnologia não é necessariamente responsável pela falta de memória. Segundo ela, os novos recursos também são fontes de estímulo para o cérebro:



\"A gente perde de um lado com os recursos tecnológicos, mas a gente ganha do outro lado porque a gente está recebendo muitas informações. Talvez haja um equilíbrio, vamos dizer assim.\"


A fonoaudióloga Juliana Belo explicou também que a perda de memória pode ocorrer em qualquer idade, mas com o passar dos anos, a perda gradual dos sentidos pode dificultar o registro das informações:


\" A gente vai ficar um pouco mais lento no pensamento, a gente vai ter um pouco de dificuldade do registro da informação porque eu vou ouvir menos, vou enxergar menos e vou ter menos atenção também. E a atenção é a porta de entrada da memória.\"


Há várias maneiras de preservar a qualidade da memória, como dormir mais de seis horas por noite, fazer atividades físicas, comer de quatro em quatro horas alimentos ricos em vitamina B e procurar sempre estimular o cérebro, buscando aprender assuntos novos com frequência. Assim, quanto mais a mente se sentir desafiada, mais eficiente será o registro das informações.

Reportagem, Débora Rocha