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Memória pode influenciar as escolhas alimentares

Portal Educação Física - 27 de janeiro de 2016 - 13:00

De acordo com os pesquisadores, muitas decisões diárias que fazemos – como “onde devemos ir para o jantar?” – são guiadas por informações obtidas a partir nossas lembranças. Nos processos neurológicos subjacentes tais escolhas não se demonstravam tão claras.

Uma equipe de cientistas liderada pelo pesquisador Sebastian Gluth, da Universidade de Basel, na Suíça, se debruçou sobre o tema e realizou um estudo, que publicado pela renomada revista Neuro.

Quando fazemos uma escolha entre uma barra de chocolate ou um pedaço de bolo, o que influencia nossa decisão? O desejo de ser saudável? Um impulso por açúcar? Um pesquisador se dedicou a decifrar essa deliberação e concluiu que a sua escolha pode ser influenciada por sua memória de um determinado alimento. Se uma associação da nossa memória é mais forte em relação a uma maçã, por exemplo, ela pode nos incentivar a escolher a maçã ao invés do bolo, mesmo que um bolo seja mais atraente.

O resultado deste trabalho, conduzido pela equipe do cientista Sebastian Gluth, da Universidade de Basel, na Suíça, foi publicado ela conceituada revista científica Neuro. De acordo com os pesquisadores, muitas decisões diárias que fazemos – como “onde devemos ir para o jantar?” – são guiadas por informações obtidas a partir nossas lembranças. Nos processos neurológicos subjacentes tais escolhas não se demonstravam tão claras.

Gluth e seus colegas se debruçaram sobre o tema para obter uma melhor compreensão destes processos. O estudo revelou que a influência das memórias na escolha dos alimentos é acionada por um aumento na comunicação entre duas regiões do cérebro – o hipocampo e o córtex pré-frontal ventromedial.

Para confirmar as evidências, a equipe de Gluth reuniu 60 jovens e apresentou a eles 48 lanches na tela do computador- incluindo barras de chocolate, salgadinhos e batatas fritas. Cada lanche foi atribuído a um local específico na tela, e os participantes foram convidados a avaliar cada um deles em ordem de preferência.

Em seguida, os participantes foram submetidos a ressonância magnética funcional e, durante esse processo, foram solicitados, repetidamente, a escolher entre dois lanches. Para 30 participantes, só foram mostrados a localização do lanche, o que significa que eles tiveram que escolher o lanche ligado a cada local.

Aos outros 30 participantes, foram mostrados os lanches diretamente na tela. Os participantes foram mais propensos a escolher lanches que poderiam lembrar. A partir de sua experiência, os pesquisadores descobriram que os participantes optaram pelos lanches dos quais eram mais capazes de lembrar a sua localização.

A equipe de Gluth avaliou a atividade cerebral dos participantes durante as suas escolhas alimentares baseadas em memória. Essa observação permitiu aos cientistas criar um modelo matemático mostrando como as memórias influenciam o processo de tomada de decisão.

A partir dessa análise, os pesquisadores identificaram um aumento na comunicação entre o hipocampo – região do cérebro envolvida na memória – e o córtex pré-frontal ventromedial – região do cérebro que indica a tomada de decisão. Desta maneira, foi revelado como os participantes fizeram as suas escolhas alimentares.

Os pesquisadores acrescentam que os exames de ressonância magnética e modelagem matemática também forneceram uma compreensão exata de como o hipocampo e o córtex pré-frontal ventromedial interagem uns com os outros durante a tomada de decisão.

Em 2013, a publicação Medical News Today relatou em um estudo publicado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética, em que os investigadores descobriram que o que as outras pessoas ao nosso redor comem pode influenciar nossas próprias escolhas alimentares.

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