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Médico norte-americano acompanhará caso de paciente infectado com raiva

Midiamax - 20 de abril de 2015 - 13:17

Infectologista falou com a imprensa na manhã de hoje e deu detalhes do caso (foto:Diogo Gonçalves)
Infectologista falou com a imprensa na manhã de hoje e deu detalhes do caso (foto:Diogo Gonçalves)

O caso do paciente de 38 anos contaminado pelo vírus da raiva será acompanhado pelo médico norte-americano Rodney Willoughby, responsável por ter elaborado medicação com o composto biopterina. De acordo com o infectologista Maurício Pompíliom do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian),de Campo Grande, o monitoramento do profissional dos Estados Unidos deve ser realizado via internet. Uma dose da substância biopterina virá de Brasília para a Capital possivelmente será aplicada no paciente até esta terça-feira (21).

O tratamento à base da medicação foi o mesmo que salvou um adolescente do Estado de Pernambuco em 2008, também contaminado pela raiva depois de ser supostamente mordido por um morcego.

Apesar de repetir o protocolo, Pompílio não garante que o homem internado no HU seja curado pelo fato de a doença ser 100% letal. O paciente está em Campo Grande desde a última sexta-feira (17) e ainda não se sabe como ele reagirá à medicação. Hoje o estado de saúde dele considerado estável. Ele está em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.

“Se ele tivesse procurado uma unidade de saúde antes talvez poderia ter evitado os sintomas e a proliferação do vírus. Agora estamos concentrando esforços para evitar a morte do paciente”, explicou Pompílio.

O caso

O homem demorou aproximadamente 40 dias para procurar o médico depois de ter sido mordido por um cachorro na cidade de Corumbá, distante a 420 quilômetros da Capital. Neste período ele sentiu irritabilidade, espasmos musculares e dificuldade para ingerir água, um dos principais sintomas causados pelo vírus da raiva.

Em virtude das reações, ele foi trazido para Campo Grande, onde, depois de se realizar exames, constatou-se no sábado a noite a contaminação pelo vírus. Agora, os médicos conduzem o paciente com o ajuda do antiviral amantadina. Há 20 anos não se registrava casos da doença em Mato Grosso do Sul.

No entanto, a cidade pantaneira vive um momento de surto de raiva animal. Hoje, conforme informações do site Diário Corumbaense, o município está com nove casos de raiva canina confirmados laboratorialmente. Ladário, cidade vizinha já confirmou três.

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