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Máxima: Agentes pedem efetivo maior e vetam advogados

Nadyenka Castro/Campo Grande News - 03 de outubro de 2007 - 12:27

Agentes penitenciários lotados no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande impediram na manhã desta quarta-feira a entrada dos operários que trabalham na construção das cadeias lineares do local. Os servidores alegam que o risco de vida deles e de um motim é grande e reivindicam reforço no efetivo.

Além de não deixar que os pedreiros entrassem na unidade, os agentes entregaram o café da manhã dos detentos com atraso. Os presos costumam receber o pão francês e o copo de leite por volta de 6h30, mas hoje só tomaram o café da manhã às 9 horas.

De acordo com Gilson de Assis Martins, secretário-geral do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), nesta quarta-feira os advogados também não terão acesso à unidade e o banho de sol dos detentos pode ficar comprometido.

A situação na unidade só deve voltar ao normal após acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). O diretor de operações da Agência, Luís Carlos Ojeda, foi ao presídio.

Segundo o Sinsap, entre às 16 e 7 horas, apenas sete agentes são responsáveis pelo presídio. Entre às 7 e 16h, são cerca de 15, sendo que cinco são os servidores do chamado ‘plantão extraordinário’. Estes ficam responsáveis pela movimentação carcerária. Ou seja, levam presos para atendimento médico, psicológico e da assistência social. O ideal seriam 25, conforme o sindicato. Há 1,4mil internos na unidade.

Segurança - Desde o início de setembro a PM (Polícia Militar) deixou de ajudar na segurança interna da unidade. Os policiais faziam a segurança dos agentes e operários desde o ano passado, após a rebelião de maio.

A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) diz que a PM deixou o presídio porque a situação na unidade é considerada tranqüila. Os agentes dizem que o risco de rebelião continua.

Os operários dizem que sentem medo, mas já se acostumaram com a situação. Segundo eles, os presos gritam e tentam se comunicar mais com os agentes penitenciários do que com eles. A PM continua com a guarda externa da penitenciária, obrigação legal.

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