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Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado no ranking com a maior procura pelo 180

Notícias MS - 08 de março de 2013 - 16:00

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8), a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania em parceria com Polícia Militar realizou uma blitz educativa sobre a violência contra a mulher, na confluência da avenida Afonso Pena com a rua 14 de julho. Na ocasião, a coordenadora Especial de Políticas Públicas para as Mulheres falou sobre o aumento da procura pelo 180 e sobre a discriminação contra o sexo “frágil”.

Dados da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres aponta que o índice de chamadas para o 180 vem aumentando gradativamente, que só no ano passado foram registradas mais de 17 mil ligações. Mostra ainda que o ranking pela procura do serviço vem mudando, em 2011 Mato Grosso do Sul estava em 18º, já no inicio de 2012 o Estado passou para quinta posição e em agosto do mesmo ano MS passou a ser o primeiro no ranking. “Este número representa um grande avanço na luta contra a violência doméstica, pois mostra que as mulheres estão tendo atitude, que não estão aceitando mais serem mal tratadas”, ressalta a coordenadora Tai Loschi.

Para a coordenadora este avanço se deve ao trabalho ostensivo que vem sendo realizado. “Este encorajamento da mulher vítima mostra que ela está acreditando no trabalho que vem sendo desenvolvido pela rede, e que vem passando segurança, o que reflete na denúncia”, afirma Tai.

A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, delegada Lucia Falcão, fala que mesmo com tantas conquistas as mulheres ainda têm muitos desafios a serem superados e afirma que a discriminação é um deles. “Nós já tivemos muitas conquistas, mais ainda há muito para mudar, a mulher ainda sofre discriminação principalmente no trabalho, desempenhamos o mesmo trabalho que os homens e recebemos 30% a menos, muitas empresas ainda agem com cautela ao contratar uma mulher devido aos direitos que ela tem como, por exemplo, a licença maternidade e o direito de ficar com os filhos quando se fizer necessário, infelizmente este tipo de discriminação ainda existe mesmo tendo uma presidente mulher”, comenta Lucia Falcão.

Para a delegada este tipo de atitude é uma questão cultural e só vai mudar quando houver uma conscientização. “Esta discriminação só irá acabar quando as pessoas se conscientizarem, para que isso acontece a mudança deve começar dentro de casa com os nossos filhos, maridos, irmãos...”

Na ocasião, a coordenadora Tai Loschi ainda falou sobre perspectiva para os próximos anos. “Espero que daqui a alguns anos haja uma transformação completa, que possamos viver em um mundo com dignidade, respeito ao próximo e que a sociedade se conscientize que a violência nunca foi e nunca será a solução para nenhum problema”, reflete Loschi.

Na ação foram entregues materiais educativos com dicas de segurança no trânsito e contra a violência doméstica e a banda da Polícia Militar animou quem passava pelo local. “O objetivo é enfatizar a inserção da mulher no campo de trabalho, principalmente na Polícia Militar, e uma forma de aproximar a mulher da comunidade”, comenta a subcomandante da Ciptran, Itamara Nogueira.

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