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Marisa Serrano avalia que resultado enfraquece Renan

Wellton Máximo/ABr - 13 de setembro de 2007 - 07:22

Brasília - Dois relatores, um tucano e outro peemedebista, que participaram do processo por quebra de decoro de Renan Calheiros avaliaram de maneira distinta a absolvição de hoje (12). A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), relatora do Conselho de Ética que pediu a cassação de Renan, se disse “surpresa” com a absolvição do presidente do Senado. “Ninguém aqui tinha o número exato de quem disse que ia votar sim ou não. Então não dá para fazer especulações sobre quem mudou de voto”, disse.

“Eu acredito que o senador Renan saia enfraquecido, mesmo tendo uma vitória agora. O Senado está dividido e vai depender de muita costura política para que ele volte a poder comandar esta Casa. Não acredito que ele renuncie à presidência depois de uma vitória como esta. Se ele renunciar, depois de tanta briga, deixará a impressão de que houve um acordo”, avaliou. Ela disse que não tem conhecimento suficiente das outras representações. “Não foram analisadas com profundidade para que a gente possa tomar alguma posição a respeito delas.”

Já o senador Almeida Lima (PMDB-SE), do mesmo partido de Renan e que apresentou um relatório absolvendo-o, avaliou o resultado como uma “vitória coletiva do Senado Federal”. “A Casa se fortalece como instituição, embora o discurso tenha sido contrário. O Senado sairia completamente enfraquecido com a cassação do senador Renan Calheiros”, disse.

“A votação de hoje resulta num Senado livre, independente, autônomo, que pode exercer os seus poderes, a sua competência de forma tranqüila, sem aceitar pressão de quem quer que seja, sobretudo num julgamento como este. Hoje nós estávamos fazendo um julgamento em que nos deveríamos ater basicamente à prova dos autos”, disse. “Os autos não continham nenhuma prova que levasse à conclusão de que o senador Renan Calheiros tenha quebrado o decoro parlamentar.”


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