O assistente de serviços gerais de 28 anos suspeito de torturar e esfaquear a companheira, de 13 anos, vai responder por dois crimes: estupro de vulnerável e tentativa de feminicídio. O caso ocorreu na madrugada desta terça-feira (2), na casa onde moravam, na Rua Quaresmeira, no Bairro Jardim das Hortênsias, na Capital.

Segundo a delegada que investiga o caso, Jennifer Estevam de Araújo, o casal estava junto há cerca de 1 ano. Além disso, nesta tarde o pai, irmão e a sobrinha do suspeito – que estavam na casa no momento do crime - foram ouvidos.

“A menina teria dito a eles que tinha 17 anos. Como o corpo dela é desenvolvido, eles afirmam que não desconfiaram”, detalha a delegada.

Além disso, os familiares comentaram que as brigas entre o casal eram constantes e o principal motivo delas era ciúmes de ambos. “Eles disseram que o rapaz não era violento, mas no dia do crime apresentou um comportamento diferente”, destaca.

O assistente de serviços gerais continua foragido. O próximo passo das investigações, segundo Jennifer é ouvir a menina e seus familiares. “Os pais da vítima também podem ser responsabilizados por omissão no estupro”, explica a delegada.

O nome do marido não será revelado em proteção a identidade da adolescente.*

Crime - O suspeito tem passagens por violência doméstica contra outra vítima, em 2010, e por tráfico de drogas, em 2013.

Tudo ocorreu na casa onde o casal vivia. O pai do suspeito foi quem escutou os gritos da adolescente e chamou o socorro depois de tentar arrombar o quarto onde o casal dormia com a ajuda de outro filho.

A vítima foi socorrida por equipes do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). Ela foi esfaqueada na região esquerda do pescoço. Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa, ela deu entrega as 3h30 da madrugada e, apesar na região atingida, a adolescente está consciente. O estado de saúde é considerado estável.

Durante o socorro, a adolescente conseguiu contar que estava sendo torturada pelo marido, pois ele suspeitava de traição. “Ele cismou que ela estava o traindo. Enquanto esfaqueava a vítima, teria dito: agora que comecei tenho que terminar”, disse a delegada.