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Marcos decide se aposentar após 20 anos de Palmeiras

Marcelo Cazavia, Agência Palmeiras - 04 de janeiro de 2012 - 22:26

Acabou a Era Marcos no Palmeiras. Depois de 20 anos de dedicação exclusiva ao clube de Palestra Itália, o goleiro de 38 anos optou por pendurar as luvas e comunicou sua decisão ao vice-presidente de futebol Roberto Frizzo e ao gerente de futebol César Sampaio na reapresentação do elenco nesta quarta-feira [04].

“Ele oficializou que pendurou as chuteiras. Conversou com amigos e parentes e disse que não dá mais. O corpo dele sinalizou que não dá mais”, comentou Sampaio em entrevista coletiva na Academia de Futebol. “Foi uma conversa no estilo do Marcos, mas foi uma decisão difícil. Ele aproveitou as férias para refletir um pouco sobre o que significaria mais um ano jogando, os prós e os contras, e chegou à definição que teria mais a perder do que ganhar\", acrescentou.

Haverá um jogo de despedida para o maior ídolo recente do Palmeiras, mas a data e o adversário ainda não foram definidos. A pedido do próprio Marcos, a partida será realizada no meio da temporada. Diante do Ajax, no amistoso do próximo dia 14, o goleiro não estará presente também por vontade dele.

O eterno camisa 12 do Verdão concederá entrevista coletiva na próxima semana, na Academia de Futebol, para anunciar publicamente sua aposentadoria. Depois, ficará dois meses afastado do clube, viajando, e no retorno a São Paulo começará a decidir sobre seu futuro no Palmeiras (pode assumir alguma função na diretoria ou na comissão técnica).

Carreira

Natural de Oriente, no interior de São Paulo, Marcos Roberto Silveira Reis nasceu no dia 04 de agosto de 1973 e estreou pelo Palmeiras em 16 de maio de 1992. À época com apenas 18 anos e recém-campeã paulista sub-20 pelo Verdão, a jovem promessa foi escalada pelo técnico Nelsinho Baptista para o amistoso contra a Esportiva de Guaratinguetá fora de casa e ajudou a equipe a vencer por 4 a 0 (os gols alviverdes foram marcados por Toninho, Márcio, Edu Marangon e Biro.

Depois dessa participação, Marcos só foi defender a equipe principal novamente em 1996. Foi no dia 30 de março, também fora de casa, na vitória por 4 a 0 sobre o XV de Jaú, pelo Campeonato Paulista. Na ocasião, o já segundo goleiro substituiu Velloso nos minutos finais da partida (os gols da equipe dirigida por Wanderley Luxemburgo foram de Alex Alves, Claudio, Djalminha e Cris).

Para o jogador, porém, a sua verdadeira estreia pelo Palmeiras foi em 19 de maio de 1996, também pelo Campeonato Paulista, diante do Botafogo de Ribeirão Preto. A partida foi disputada no Palestra Itália, e Marcos defendeu um pênalti em mais uma vitória por 4 a 0 (três gols de Djalminha e um de Müller).

A partir de então, Marcos começou a figurar mais vezes no time titular e chegou a ser convocado para a seleção brasileira do técnico Zagallo em outubro daquele ano, quando Velloso se machucou.

A titularidade absoluta veio em 1999. Após nova contusão de Velloso, Marcos assumiu a posição durante o primeiro semestre e nunca mais largou. Foi o principal jogador na conquista do título inédito da Copa Libertadores (inclusive sendo o primeiro goleiro na história eleito como o melhor da competição).

No ano seguinte, o título sul-americano não veio. Mas a defesa na cobrança de pênalti do corintiano Marcelinho Carioca na semifinal daquela Libertadores sacramentou a eliminação do rival e canonizou de vez o Santo nos corações palestrinos.

O casamento definitivo aconteceu no final de 2002. Campeão mundial com a seleção brasileira naquele ano, Marcos não conseguiu evitar a queda do Palmeiras para a Série B do Brasileiro no segundo semestre. Mas demonstrando um comprometimento fora do comum no futebol atual, o camisa 12 decidiu rejeitar uma oferta do Arsenal, da Inglaterra, e disputou a Segundona em 2003, reconduzindo o clube à elite.

No total, São Marcos entrou em campo 530 vezes pelo Palmeiras. Poderia ter atuado muito mais se não fossem as inúmeras contusões que vitimaram o jogador, sobretudo o pulso direito. O ano em que mais atuou foi 2008, com 60 partidas.

Ao longo de 20 temporadas, faturou os Campeonatos Paulista de 1993, 1994, 1996 e 2008; os Torneios Rio-São Paulo de 1993 e 2000; a Copa do Brasil de 1998; a Copa dos Campeões de 2000; os Campeonatos Brasileiros de 1993 e 1994; a Série B de 2003; a Copa Mercosul de 1998; e a Libertadores de 1999. Além disso, foi vice-campeão paulista em 1995 e 1999, vice da Copa do Brasil em 1996, vice da Mercosul em 1999 e 2000, vice da Libertadores em 2000 e vice-campeão mundial em 1999

Pela seleção brasileira, foram 29 partidas e três títulos: Copa do Mundo de 2002, Copa das Confederações de 2005 e Copa América de 1999.

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