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Mantega defende redução de taxa de juros

Alana Gandra / ABr - 28 de setembro de 2005 - 16:12

Uma possível redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pelo Conselho Monetário Nacional vai alavancar os investimentos industriais. A afirmação foi feita hoje (28) pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega. Ele participou de palestra aos membros do Conselho Empresarial de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

A TJLP é a taxa utilizada pelo banco em suas operações de financiamento. "Se houver uma redução da TJLP, isso torna o investimento mais barato e, portanto, mais competitivo, porque hoje a palavra-chave na economia brasileira é competitividade". Acrescentou que "como nós estamos inseridos na globalização internacional, o que temos que dar às empresas brasileiras é capacidade competitiva. Isso passa por crédito mais barato, tributos etc.".

Mantega afirmou que a missão do BNDES é dar crédito mais barato. "Se a TJLP for reduzida, evidentemente nós estaremos estimulando a tomada de novos empréstimos e o empresário brasileiro vai estar mais habilitado para a forte competição internacional".

O presidente do BNDES esquivou-se, porém, de fazer uma previsão sobre o patamar de redução que seria ideal para a TJLP, para não ser acusado de estar tentando influenciar o Conselho Monetário Nacional. Lembrou que quando integrava esse órgão, na qualidade de Ministro do Planejamento, "também não gostava que os outros dessem palpites na véspera do encontro". Disse, entretanto, confiar nos companheiros que formam o Conselho Monetário Nacional, que são os Ministros da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central.

O cenário contribui para a redução da TJLP, que é formada por dois componentes: o risco país e a tendência inflacionária, analisou Mantega. Segundo declarou, o risco país está "persistentemente abaixo dos 400 pontos, se estabilizando em torno de 350 pontos. Significa que há grande confiança na solidez do país e na política econômica que o governo está praticando". Indicou, então, que como a TJLP resulta dessas duas variáveis, "com a inflação em queda e risco país caindo, estão dadas as condições" para a redução da taxa.

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