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Mantega admite agravamento na crise financeira

Daniel Lima/ABr - 17 de março de 2008 - 17:16

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu hoje (17) que houve um agravamento na crise financeira internacional e que se refletiu em todos os mercados no mundo. "As bolsas caíram em todos os lugares, inclusive aqui no Brasil. A quebra daquele banco Bear Stearns causou uma certa comoção, é o quinto maior banco de investimentos americano" disse.


Segundo ele, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), tomou medidas que poderão acalmar o mercado, com a redução da taxa de redesconto (cobrada pelo banco central ao emprestar a outros bancos).


O ministro também disse acreditar que amanhã (18) o Fed anunciará novas medidas para reduzir, desta vez, os juros básicos da economia dos Estados Unidos. E procurou tranqüilizar os investidores em relação ao Brasil.

"Nós aqui no Brasil estamos numa situação sólida. Evidentemente, o mercado de renda variável está sendo afetado, é inevitável que isso aconteça. Porém, a economia ainda não sofreu nenhuma conseqüência do agravamento dessa crise. Estamos atentos, vigilantes. E tomaremos as medidas que forem necessárias se isso acontecer", afirmou.

Mantega reiterou que a segurança da economia brasileira está nos fundamentos, que disse serem sólidos como nunca estiveram antes. E lembrou que o país tem hoje reservas de quase US$ 200 billhões, além da confiança internacional.

"Os analistas internacionais são unânimes em dizer que o Brasil é um porto seguro. O Brasil é hoje o local onde as coisas vão bem. As empresas estão sólidas, os bancos brasileiros estão sólidos, não estão envolvidos nessa crise. Portanto, até agora nós estamos resguardados", disse.

Para o ministro, por enquanto as conseqüências da crise financeira internacional são periféricas, no mercado de renda variável (mercado de ações). Ele disse não ver necessidade de elevação dos juros no Brasil, ao lembrar que as taxas têm baixado. E destacou que a preocupação deve ser com o nível de atividade da economia em relação ao crédito.

"Há um grande problema de crédito e o que deve ser feito é impedir que esse tipo de problema de crédito se espalhe por toda a economia. Isso é tarefa dos bancos centrais americano e europeu. É frear a extensão da crise, o contágio de todas as economias por essa crise, que se originou no setor financeiro", disse.



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