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Manoel Afonso - Mitos políticos: verdades & mentiras

Manoel Afonso - 17 de novembro de 2009 - 06:36

Drácula, Saci-Pererê, Lobisomem, Cinderela e Chupa-cabra são alguns dos personagens que povoam o universo fantasioso da mente humana simples, ingênua. Esses mitos podem ser produto de uma série de valores e fatores ou resultado da indução promovida pela mídia.
Também na vida pública-política é assim: o que é racional não atrai, não provoca questionamentos e ilações. Daí a sedução que o mito provoca, ele não se explica pela lógica ou bom senso. Quem faz a lição de casa, cumpre sem alarde suas obrigações, parece ser incolor aos olhos da opinião pública. É mais ou menos como no vestir: só aqueles que ousam fugir do padrão convencional, é que chamam nossa atenção.
Saindo da idade da trevas e entrando na idade da razão, das luzes, é possível avaliar e questionar melhor essa questão. Afinal, sabe-se que o mito é o inacessível que a maioria quer ser ou ter. Na vida pública, os mentores criam situações em proveito deste ou daquele personagem. Por razões diversas acaba imperando a versão mirabolante deste ou daquele fato e seu personagem.
O mito de Evita Perón sobreviveu e é cultuada mesmo após tantas mudanças no cenário político argentino. Seu marido Juan Perón, idem! Solano Lopes, sua imagem de herói acabou ícone e mito no Paraguai. O mesmo ocorreu na Venezuela de Simon Bolívar, Sandino na Nicarágua, Churchill na Inglaterra, Mao na China, De Gaulle na França e Ghandi na Índia.
Na outra ponta ouso questionar: será que a biografia exposta de Duque de Caxias seria mesmo compatível com sua real postura militar? O que dizer de Antonio Conselheiro? Exageraram ou não na leitura de seus feitos? Rui Barbosa foi realmente uma águia na Conferência de Haia, ou tudo não passou de uma patriotada? Marechal Deodoro e D. Pedro I foram responsáveis pela Proclamação da República e da Independência? Tancredo era mesmo tudo que falam dele?
Como a história é escrita pelos vencedores, a mídia acaba tendo parcela significativa de culpa ao exagerar na dose de elogios. Isso acontece em todo o mundo. Kennedy, por várias razões e principalmente pela sua morte registrada por câmeras de televisão, é venerado até hoje. Mas sabe-se que Clinton obteve maiores êxitos administrativos e políticos que o presidente assassinado em Dallas.
Nas últimas linhas, o reconhecimento ao mito – ainda em carne e osso – de Nelson Mandela. Mas o que entristece e preocupa é que no universo atual povoam vilões ao estilo Chávez, tentando fazer história, ou melhor, registrar – não importa como – inscrever seu nome nela. E o pior é que às vezes conseguem., como fizeram Hitler e Mussolini. De leve...


Manoel Afonso
Acesse meu blog: www.manoelafonso.com.br















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